Disque Coronavírus é finalista em prêmio de boas práticas de combate à pandemia no País
São Caetano do Sul está entre as cidades finalistas que concorrem ao prêmio APS Forte SUS – no combate à covid-19
- Data: 30/06/2021 17:06
- Alterado: 30/06/2021 17:06
- Autor: Gisele Lopes
- Fonte: PMSCS
Disque Coronavírus
Crédito:Letícia Teixeira
Em maio de 2020, a Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil (OPAS/OMS) e o Ministério da Saúde decidiram dar visibilidade às boas práticas desenvolvidas por profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) em todo o País. Na ocasião, foram inscritas 1.631 experiências.
Pensando em uma estratégia que estimulasse o debate e divulgasse conhecimentos, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps/MS) e a Organização Pan-Americana da Saúde da Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS) no Brasil apresentaram a iniciativa APS Forte no SUS – no combate à pandemia.
As cidades participantes puderam escolher entre oito temas. Das experiências inscritas, 1.471 foram aprovadas para a segunda etapa do projeto. Três são de São Caetano: ações de contenção da disseminação do coronavírus numa parceria saúde-ensino-comunidade (Disque Coronavírus); ações da assistência farmacêutica: acesso e cuidado no enfrentamento da covid-19 em uma UBS tradicional; e implantação do atendimento em reabilitação aos pacientes curados da covid-19 após alta hospitalar.
A terceira fase do projeto selecionou 261 experiências do País, e as três de São Caetano continuaram destacadas. Em maio deste ano, o projeto Disque Coronavírus foi selecionado para a etapa final da iniciativa APS Forte SUS – no combate à covid-19. Em julho, a quinta e última etapa do projeto acontecerá em uma cerimônia virtual de encerramento com reconhecimento público das práticas consideradas de excelência e aquelas que receberão certificado de menção honrosa.
DISQUE CORONAVÍRUS
O município investiu em vigilância, comunicação e contou com a rede de graduação em Medicina da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) para criar um programa de testagem domiciliar.
Em parceria com o Instituto de Medicina Tropical da USP, a Secretaria de Saúde criou um serviço de inteligência epidemiológica que usa um website em que o cidadão preenche caso apresente sintomas suspeitos de covid-19.
“A partir daí um aluno da USCS faz uma avaliação remota do caso na plataforma que tem um algoritmo que determina ou não uma visita domiciliar pelo interno com o apoio de um Agente Comunitário de Saúde, para realização do teste para doença. Com o resultado positivo, um médico da Estratégia Saúde da Família faz a visita no domicílio e avalia clinicamente o paciente”, explica a secretária da Saúde, Regina Maura Zetone.
Em uma cidade onde 24% da população tem mais de 60 anos e com comorbidades próprias da faixa etária, o Disque Coronavírus conseguiu mitigar a internação e diminuir o número de óbitos. A evolução da pandemia foi controlada em tempo real em todo município. Em pouco mais de um ano de programa, foram realizados 36.491 atendimentos. Dos 21.052 testes realizados, 35% foram positivos (7.371 casos).
PREMIADOS
Todas as experiências aprovadas passarão a integrar as atividades promovidas pelo Ministério da Saúde e Opas, como forma de reconhecimento e validação do trabalho realizado. Os autores das práticas selecionadas terão acesso a materiais e conhecimentos de outras experiências similares, desenvolvidas pelo Brasil e acesso a documentação relevante, tanto acadêmica quanto literatura técnica.
Os trabalhos premiados serão mencionados em uma publicação da Opas sobre o tema, com destaque para os melhores classificados. Os autores dos três primeiros serão premiados com uma viagem de estudo para conhecer uma experiência de organização de rede de atenção à saúde centrada na Atenção Primária, a ser definida pela Opas/OMS e pelo Ministério da Saúde.