Diretores da Enel apresentam novo sistema de reparos automatizado em CPI da Alesp
Membros da autarquia também classificaram parcerias com demais órgãos paulistas como fundamentais para a eficiência dos serviços de distribuição de energia
- Data: 18/10/2023 17:10
- Alterado: 18/10/2023 17:10
- Autor: Redação
- Fonte: Alesp
CPI da Enel
Crédito:Marco A. Cardelino
Responsável por investigar os serviços de fornecimento de energia elétrica para a Região Metropolitana de São Paulo, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel da Alesp, presidida pelo deputado Thiago Auricchio (PL), reuniu-se, nesta quarta-feira (18), para ouvir os diretores de redes da autarquia, Vincenzo Ruotolo e Darcio de Souza Dias.
Desde 2018, a empresa é responsável pela distribuição de energia em 24 municípios da chamada “Grande São Paulo”, quando a administração da extinta Eletropaulo foi concedida pelo Poder Público.
Segundo o presidente do colegiado, receber diretores da Enel é parte essencial do trabalho específico de investigações da CPI. “É papel do Legislativo verificar o andamento dos serviços e investigar possíveis problemas nas operações. Por isso, receber diretores de experiência internacional enriquece muito nossos trabalhos”, disse Auricchio.
Inovação
Durante a explanação e interação com os parlamentares, o diretor de redes da Enel Darcio de Souza Dias explicou que um dos principais pilares dos recentes investimentos da empresa foi a digitalização e automatização da rede, com o objetivo de trazer mais agilidade no restabelecimento de energia dos centros de operação da companhia.
“Ano a ano, observamos um crescimento de eventos climáticos rigorosos, que trazem danos generalizados à nossa rede de operações”, explicou Dias. De acordo com ele, a iniciativa de automação da rede permite que, mesmo em condições de trânsito caótico em tempestades, por exemplo, a Enel seja capaz de solucionar problemas sem precisar deslocar uma equipe de técnicos fisicamente, restabelecendo a energia de forma eficiente e segura.
Em sequência, foi exposto que o novo sistema seria operado por uma inteligência automatizada, capaz de solucionar diversas quedas de energia simultaneamente. “Nossos centros de operação priorizam a ordem de serviços dos mais críticos aos mais leves. Dessa forma, nossos funcionários conseguem tomar as melhores decisões na hora dos reparos”, acrescentou o diretor.
Parcerias e serviços
Adiante, o diretor de operações de redes da Enel Vincenzo Ruotolo destacou a importância do fortalecimento das relações da Enel com diversas esferas do Poder Público, incluindo o Legislativo Paulista. “Vimos atentamente as reuniões anteriores da CPI, e acredito que a discussão proposta sobre o sistema energético é muito importante a médio e longo prazos. Precisamos ficar cada vez mais próximos do Poder Público para dialogar sobre melhorias, afinal, todos visamos ao comprometimento com a população”, declarou.
Em cima disso, o gestor destacou as parcerias feitas pela Enel com outros órgãos de atendimento à população. Postes de energia, por exemplo, muitas vezes são administrados em conjunto com empresas de telefonia, como a Anatel. Já as podas de árvores que passam por fios elétricos da Enel, ficam sob responsabilidade da Prefeitura de São Paulo.
Além disso, o diretor citou o problema com o enfrentamento aos furtos de cabos de energia elétrica. Segundo ele, parcerias com a Guarda Civil Metropolitana e com a Polícia Civil são essenciais para reduzir os danos. “[A] cada ano que passa, os furtos aumentam, e isso não é ruim apenas pelo prejuízo financeiro, mas pelo cidadão que perde a energia de sua casa até que a Enel consiga remediar. Estamos instalando mais medidas de segurança e monitoramento para que, enfim, o problema seja reduzido”, apontou.
Por fim, Vincenzo citou dados técnicos da gestão da Enel desde que assumiu, em 2018, até hoje. De acordo com os dados fornecidos na reunião, apenas na Região Metropolitana de São Paulo, anualmente, concentram-se cerca de 10% da energia elétrica de todo o país. Isto posto, o diretor também declarou aos parlamentares que, nos últimos cinco anos, foram investidos R$ 6,7 bilhões em manutenção e expansão das redes de atendimento.