Detran.SP: Capital registra queda de 23% nas mortes no trânsito
Dados do Infosiga SP apontam redução de 74 óbitos em setembro do ano passado para 57 no mesmo período de 2021
- Data: 20/10/2021 09:10
- Alterado: 20/10/2021 09:10
- Autor: Redação
- Fonte: Detran.SP
Crédito:Agência Brasil
De acordo com os dados do Infosiga SP, sistema do Governo do Estado gerenciado pelo programa Respeito à Vida e Detran.SP, a cidade de São Paulo registrou redução no número de mortes no trânsito no último mês de setembro, em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 57 registros, enquanto em setembro de 2020 foram 74, uma queda de 23%. No acumulado entre janeiro e setembro, houve aumento de 3% nos óbitos, que passaram de 533 em 2020 para 549 em 2021.
Também houve significativa queda nas mortes de trânsito na Região Metropolitana e no Estado de São Paulo. Na Região Metropolitana, a redução de óbitos entre setembro de 2020 e setembro de 2021 foi de 21%, caindo de 145 para 114; já no Estado a queda no mesmo período foi de 13%, passando de 455 no ano passado para 396 este ano.
“As fatalidades no trânsito vêm apresentando gradativa e contínua queda. Isso demonstra o acerto das ações do Programa Respeito à Vida na educação para o trânsito, mobilidade urbana e segurança viária. E gostaria também de valorizar o papel das prefeituras na adoção de ações que reduzem os acidentes”, destaca Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.
Meios de transporte
O grupo de pedestres foi o que apresentou maior redução nas fatalidades de trânsito na capital, com 10 óbitos registrados em setembro de 2021, contra 25 no mesmo período do ano passado, uma queda de 60%. As mortes de ocupantes de automóveis caíram 50%, de 10 para 5. Já entre os ciclistas, o total de óbitos se manteve estável, 4 em cada ano. Houve um pequeno aumento no total de ocorrências fatais envolvendo motociclistas, com 34 vítimas em setembro deste ano e 32 em setembro de 2020.
Sobre o programa Respeito à Vida
Programa do Governo do Estado de São Paulo, atua como articulador de ações com foco na redução de acidentes de trânsito. Gerido pela Secretaria de Governo por meio do Detran.SP, envolve ainda as secretarias de Comunicação, Educação, Segurança Pública, Saúde, Logística e Transportes, Transportes Metropolitanos, Desenvolvimento Regional, Desenvolvimento Econômico e Direitos da Pessoa com Deficiência.
O Respeito à Vida também é responsável pela gestão do Infosiga SP, sistema pioneiro no Brasil, que publica mensalmente estatísticas sobre acidentes com vítimas de trânsito nos 645 municípios do Estado. O programa mobiliza a sociedade civil por meio de parcerias com empresas e associações do setor privado, além de entidades do terceiro setor. Em outra frente, promove convênios com municípios para a realização de intervenções de engenharia e ações de educação e fiscalização.
Diversas medidas têm sido adotadas para reduzir a mortalidade relacionada nas rodovias do Estado de São Paulo. Entre elas, algumas de maior impacto podem ser destacadas.
Velocidade no atendimento
A redução no tempo de atendimento às vítimas de acidentes pode reduzir a mortalidade em até 60%. Em rodovias, esse aspecto é ainda mais relevante, dado os tempos naturalmente dispendidos entre o deslocamento da equipe de resgate até o local do acidente e, em situações mais graves, dali para o hospital mais próximo. Os socorristas chamam esse período crítico de “A Hora de Ouro”, que é absolutamente relevante para as estatísticas de salvamentos de acidentes de trânsito.
Iluminação em trechos urbanos
Estudos indicam forte redução de mortalidade em trechos urbanos de rodovias que foram iluminadas. Um estudo que reuniu resultados de 50 pesquisas referentes ao impacto sobre os acidentes da iluminação em vias previamente não iluminadas concluiu pela de redução de 60% em acidentes fatais nessas áreas.
Cinto de segurança no banco traseiro
Uma pesquisa realizada pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) em rodovias concedidas indicou, em 2019, que em torno de 10% das pessoas não usam o cinto de segurança nos bancos dianteiros e 30% no banco traseiro. Essa prática é de extrema importância e vem sendo estimulada por meio de campanhas educativas e fiscalização, uma vez que estudos indicam redução de mortalidade em torno de 25% para ocupantes do banco traseiro e 45% para os bancos dianteiros.