Desemprego no ABC permanece estável em Julho

Destaque em julho, Indústria de Transformação gerou 10 mil postos de trabalho. Total de desempregados nas sete cidades em julho foi estimado em 240 mil pessoas

  • Data: 05/09/2016 13:09
  • Alterado: 16/08/2023 21:08
  • Autor: Rodolfo Albiero
  • Fonte: Consórcio Intermunicipal Grande ABC
Desemprego no ABC permanece estável em Julho

Apresentação da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED

Crédito:Consórcio Intermunicipal Grande ABC

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O índice de desemprego no ABC registrou relativa estabilidade em julho, pelo segundo mês seguido, passando de 16,9% para 16,8%. Na análise por setores, a Indústria de Transformação foi o destaque, com geração de 10 mil postos de trabalho. Os números constam da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, divulgada na quarta-feira (31) na sede da entidade regional.

O total de desempregados nas sete cidades em julho foi estimado em 240 mil pessoas, 3 mil a menos em relação ao mês anterior. O resultado foi influenciado pela redução de 0,6% da População Economicamente Ativa (PEA), com 9 mil pessoas deixando a força de trabalho da região, ante uma queda de 0,5% do nível de ocupação (eliminação de 6 mil postos de trabalho). “Apesar de pequena, essa redução do número de desempregados no ABC é uma notícia positiva, mesmo com a diminuição dos ocupados. Ainda assim, ainda é um pouco precipitado falarmos em recuperação”, afirmou César Andaku, economista do Dieese.

No ABC, o total de ocupados diminuiu 0,5% em julho, passando a ser estimado em 1.191 mil pessoas. Na análise setorial, o setor de Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas teve recuo de 5,0%, ou eliminação de 10 mil postos de trabalho, e o de Serviços registrou queda de 0,3%, ou eliminação de 2 mil postos. No sentido inverso, a Indústria de Transformação cresceu 3,9%, com geração de 10 mil postos de trabalho, com destaque para a alta de 5,1% do segmento de metalomecânica, com 7 mil novos postos.

“No caso da Indústria, estamos mais ou menos no mesmo patamar do segundo semestre do ano passado. Como é um nível muito baixo, é melhor esperarmos mais um ou dois meses para verificar a continuidade deste movimento. Em relação ao Comércio, o terceiro mês de queda indica um movimento mais consistente”, disse Andaku.

Em julho, o número de assalariados cresceu 1,2%. No setor privado, aumentou o contingente de empregados com carteira de trabalho assinada (1,7%) e diminuiu o daqueles sem carteira (-2,1%). No setor público, o número de assalariados cresceu em 1,9%. No mês em análise, recuou o contingente de autônomos (-4,7%), refletindo a retração para os que trabalham para o público (-12,9%) e o aumento para os que trabalham para empresa (9,3%).

Entre maio e junho de 2016, aumentaram os rendimentos médios reais de ocupados (2,9%) e assalariados (0,8%), que passaram a equivaler a R$ 2.181 e R$ 2.249, respectivamente. Também cresceram as massas de rendimentos de ocupados (4,2%) e assalariados (2,6%), em ambos os casos, em decorrência de aumentos do rendimento médio real e do nível de ocupação.

COMPORTAMENTO EM 12 MESES
O índice de desemprego total no ABC em julho deste ano (16,8%) superou o registrado no mesmo mês de 2015 (12,7%). “A taxa é a mais alta desde julho de 2005, quando atingiu 17,1%”, afirmou o economista do Dieese.

Na comparação anual, o contingente de desempregados aumentou em 63 mil pessoas, como resultado da retração de 1,8% do nível de ocupação (eliminação de 22 mil postos de trabalho) e do crescimento de 2,9% da População Economicamente Ativa (PEA), com 41 mil pessoas passando a fazer parte da força de trabalho da região.

Entre julho de 2015 e de 2016, o nível de ocupação diminuiu 1,8%. Sob a ótica setorial, tal resultado decorreu das retrações de 5,4% no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (eliminação de 11 mil postos de trabalho) e de 2,2% na Indústria de Transformação (6 mil vagas a menos). No lado positivo, destaque para a alta de 1,4% da metal-mecânica, com geração de 2 mil vagas, e para o crescimento de 1,2% nos Serviços (8 mil novos postos de trabalho). “Ainda não podemos falar em retomada da metal-mecânica, devido às notícias de demissões em montadoras da região”, disse Andaku.

O nível de assalariamento cresceu 0,6% nos últimos 12 meses. No setor privado, o contingente de assalariados com carteira de trabalho assinada diminuiu 1,2%, enquanto o daqueles sem carteira aumentou 17,3%. O emprego no setor público decresceu 0,9%. No período em análise, o número de autônomos retraiu 7,6%.

Entre junho de 2015 e de 2016, caíram os rendimentos médios reais de ocupados (-3,7%) e assalariados (-2,2%). Também diminuíram as massas de rendimentos reais dos ocupados (-4,6%) e, em menor medida, dos assalariados (-0,7%). Esse resultado ocorreu, no caso dos ocupados, devido às reduções do rendimento médio e do nível de ocupação e, entre os assalariados, ao decréscimo do salário médio real, uma vez que aumentou o nível de emprego.

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  • Data: 05/09/2016 01:09
  • Alterado:16/08/2023 21:08
  • Autor: Rodolfo Albiero
  • Fonte: Consórcio Intermunicipal Grande ABC









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