Desemprego feminino é 45% maior que masculino, revela IBGE
Diferenças salariais e raciais persistem no Brasil
- Data: 22/11/2024 10:11
- Alterado: 22/11/2024 10:11
- Autor: Redação
- Fonte: Agência Brasil
Carteira de Trabalho
Crédito:Marcello Casal jr/Agência Brasil
No terceiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego entre as mulheres alcançou 7,7%, um número que supera tanto a média geral, de 6,4%, quanto o índice registrado entre os homens, que foi de 5,3%. Essas informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua nesta sexta-feira, dia 22.
O levantamento do IBGE revela que a diferença na taxa de desemprego entre homens e mulheres atingiu 45,3% no referido trimestre. Historicamente, essa disparidade já foi mais acentuada, alcançando 69,4% no primeiro trimestre de 2012. Em contrapartida, durante o auge da pandemia, no segundo trimestre de 2020, essa diferença reduziu-se significativamente para 27%.
Comparando com o segundo trimestre deste ano, quando as taxas eram de 8,6% para mulheres, 5,6% para homens e uma média de 6,9%, nota-se uma ligeira melhora nos índices. Ainda assim, persistem diferenças salariais significativas: os homens receberam em média R$ 3.459 no terceiro trimestre, enquanto as mulheres obtiveram R$ 2.697, resultando em uma diferença salarial de 28,3%.
A pesquisa também apontou disparidades raciais no mercado de trabalho. As taxas de desemprego para a população preta foram registradas em 7,6%, e para a população parda em 7,3%, ambos superiores aos 5% verificados entre os brancos. Contudo, todas essas taxas apresentaram redução em comparação ao trimestre anterior: pretos (8,5%), pardos (7,8%) e brancos (5,5%).
Outro ponto relevante é a relação entre escolaridade e desemprego. Indivíduos com ensino médio incompleto enfrentaram uma taxa de desocupação de 10,8%, a mais alta entre os níveis educacionais analisados. Já aqueles com nível superior incompleto tiveram uma taxa de desemprego de 7,2%, bem superior à taxa observada para quem possui ensino superior completo (3,2%).