Descubra os mentores por trás do plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes

Entre os detidos estão militares das Forças Armadas e um agente da corporação

  • Data: 19/11/2024 18:11
  • Alterado: 19/11/2024 18:11
  • Autor: Redação
  • Fonte: Estadão
Descubra os mentores por trás do plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes

Hélio Ferreira Lima, Mário Fernandes, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, militares alvo da Operação Contragolpe

Crédito:Divulgação/Polícia Federal

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A Polícia Federal realizou, nesta terça-feira, 19, a prisão de um general da reserva, que anteriormente integrava o governo de Jair Bolsonaro (PL), juntamente com três membros das Forças Armadas e um agente da própria corporação, sob suspeita de participação em um plano para obstruir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e restringir o funcionamento do Poder Judiciário.

As investigações apontam que os envolvidos faziam parte de uma das cinco células de uma organização criminosa que visava atacar opositores políticos, o processo eleitoral e medidas sanitárias durante a pandemia de Covid-19, além de tentar se beneficiar do aparato estatal.

Entre os detidos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, conhecidos como “kids pretos”, sob a liderança do general reformado Mário Fernandes. Fernandes foi secretário-executivo na Presidência durante o governo Bolsonaro e assessor do ex-ministro Eduardo Pazuello (PL-RJ). O policial federal Wladimir Matos Soares também fazia parte do núcleo operacional do alegado complô golpista.

Mário Fernandes é descrito no relatório como um dos elementos mais radicais dentro da estrutura militar da organização. Como oficial de alta patente, ele teria exercido influência sobre outros núcleos da rede criminosa, fomentando e apoiando ações destinadas à implementação do golpe de Estado.

De acordo com os registros da PF, o general Fernandes esteve envolvido no planejamento e execução de atos antidemocráticos, incluindo visitas ao acampamento nas proximidades do Quartel-General do Exército em Brasília, onde manteve contato direto com manifestantes extremistas após as eleições de 2022. Ele é acusado ainda de desenvolver um plano detalhado para atentar contra a vida do ministro Alexandre de Moraes e dos então eleitos Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin.

Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel com formação em Forças Especiais, é mencionado como participante ativo em dois segmentos da organização: desinformação e ataques ao sistema eleitoral, além de apoio operacional às ações golpistas. Análises dos aparelhos celulares apreendidos pela PF revelaram seu envolvimento em reuniões clandestinas destinadas à logística e orçamento das ações subversivas.

Rodrigo Bezerra, major de Infantaria no Comando de Operações Especiais do Exército, foi identificado como próximo colaborador do major Rafael Martins de Oliveira. Mensagens interceptadas sugerem sua participação direta em operações militares voltadas para viabilizar o golpe.

O agente Wladimir Matos Soares é acusado de fornecer informações sigilosas sobre a segurança de Lula e expressar disposição para colaborar com o golpe. Em mensagens obtidas pela PF, ele afirmava estar preparado para defender o Palácio presidencial sob ordens diretas.

As autoridades continuam buscando esclarecimentos junto às defesas dos indivíduos implicados na operação.

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  • Data: 19/11/2024 06:11
  • Alterado:19/11/2024 18:11
  • Autor: Redação
  • Fonte: Estadão









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