Decretos de situação de emergência por incêndios florestais aumentam 193%
De janeiro até 26 de agosto, já são 167 registros. No mesmo período do ano passado, eram 57 decretos, de acordo com a CNM.
- Data: 27/08/2024 18:08
- Alterado: 27/08/2024 18:08
- Autor: Redação
- Fonte: Uol/FolhaPress
Incêndios florestais no Estado de São Paulo
Crédito:Divulgação/Governo do Estado de SP
Os decretos municipais de situação de emergência por causa de incêndios florestais cresceram 193% em 2024, segundo dados coletados pela CNM (Confederação Nacional de Municípios).
De janeiro até 26 de agosto, já são 167 registros. No mesmo período do ano passado, eram 57 decretos, de acordo com a CNM.
Agosto é o mês com mais ocorrências. São 118 dos 167 decretos de emergência por incêndios florestais neste ano, o que representa 70% do total. Na comparação com agosto do ano passado, o aumento é de 354%. Na ocasião, foram registrados 26 decretos de situação de emergência por incêndios florestais.
Cidades do estado São Paulo são as que mais registraram ocorrências em agosto, com 51 até o momento. Municípios de Mato Grosso do Sul vêm em seguida, com 35. A lista continua com cidades do Acre (22), do Espírito Santo e Rondônia (2, cada), e do Amazonas, da Bahia, de Minas Gerais, do Mato Grosso, do Rio de Janeiro e de Santa Catarina (1, cada).
Mais de 4,4 milhões de pessoas já foram afetadas pelos incêndios florestais no país neste ano de 2024, segundo o CNM. Possível sobrecarga de atendimentos no sistema municipal de saúde, problemas no abastecimento de água potável e a suspensão de aulas são alguns pontos levantados como preocupantes pela Confederação Nacional de Municípios.
Confederação Nacional de Municípios estima R$ 38 milhões em prejuízos. A CNM prevê prejuízo de R$ 13,6 milhões na agricultura, R$ 10 milhões de assistência médica emergencial e R$ 9,2 milhões na pecuária. “Esses valores devem aumentar de forma significativa, tendo em vista que a maioria dos gestores municipais ainda está inserindo as informações no sistema do MIDR [Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional]”, diz a entidade.