Daniela Mercury fecha o Carnaval de SP com homenagem a Zé Celso

'A Consolação virou um mar, que coisa mais linda', disse a cantora no bloco Pipoca da Rainha, no centro da capital

  • Data: 18/02/2024 16:02
  • Alterado: 18/02/2024 16:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: Jéssica Maes e Patrícia Pasquini/Folhapress
Daniela Mercury fecha o Carnaval de SP com homenagem a Zé Celso

Daniela Mercury e Zé Celso

Crédito:Reprodução/Instagram

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Neste domingo (18) chega ao fim o Carnaval de 2024. Em São Paulo, a festa é encerrada com o já tradicional megabloco Pipoca da Rainha, comandado por Daniela Mercury, que lota a rua da Consolação, no centro da capital, e seus arredores.

O público vibrou com grandes sucessos da cantora, que é uma das vozes mais marcantes do Carnaval. A apresentação começou com “O Mais Belo dos Belos”, seguido de “Pérola Negra”. O repertório contou ainda com “Que Bloco é Esse”, do bloco afro baiano Ilê Aiyê.

Mesmo debaixo de chuva forte que começou logo após o início do cortejo, os foliões seguiam pulando e cantando junto hits como “País Tropical”, de Jorge Ben, e “É d’Oxum”, de Elba Ramalho.

“A Consolação virou um mar, que coisa mais linda”, disse Daniela.

O bloco de Daniela homenageia neste ano o diretor teatral Zé Celso, que comandou o Teatro Oficina, morto em julho de 2023.

“É o Carnaval de Zé. Eu tive a honra e a alegria de conviver com ele mais intensamente nos últimos anos, com ‘Macunaíma’, que é uma música que traduz muito esse momento, com a perda dele”, disse a cantora, antes de a desfile começar.

“A gente não quer mais prédios, a gente quer florestas”, reforçou a cantora para o público. “Vamos pedir para a prefeitura de São Paulo dar o parque do Bixiga para as crianças”.

“A gente veio também falar em prol do parque do Bixiga, fazer uma manifestação pacífica, carinhosa e musical em prol do projeto tão sonhado por Zé por tantos anos pra ser uma área verde e cultural para a cidade de São Paulo”, acrescentou.

Na apresentação, 12 atores – entre eles Marcelo Drummond, viúvo de Zé Celso Martinez, e Ricardo Bittencourt, amigo de longa data – representam personagens de textos dirigidos pelo dramaturgo. “Macunaíma”, canção composta por Daniela Mercury, Zé Celso e Fernando de Carvalho, fez parte do repertório do bloco.

“Ela disse ‘venha’, e eu vim”, contou Drummond. “A Daniela foi uma das últimas parceiras do Zé, com quem fez a letra de ‘Macunaíma’. Ela ficou muito amiga dele, cantou e foi madrinha do casamento.”

Vestido todo de preto com grandes asas brancas, ele revela que a fantasia é, na verdade, um figurino de Fausto, a última peça feita pelo dramaturgo. “Eu não sou a rainha da bateria”, brinca ele.

Muito antes do início do bloco, centenas de vendedores ambulantes já estavam posicionados, ocupando ao menos seis quadras da Consolação. Foliões e fãs da artista também começavam a chegar.

“Eu venho no Pipoca há seis anos. É muito agitado, muito legal”, afirma a body piercer Natália Vieira, 27, que chegou cerca de duas horas antes do início da apresentação para pegar um bom lugar, perto da corda. “Não vou para nenhum outro bloco, só esse. Sou muito fã dela”.

Aos 58 anos, a cantora baiana, que abriu o Carnaval do Rio de Janeiro no último dia 21, desfilou em todos os dias oficiais da festa em Salvador, entre 8 e 13 de fevereiro, em apresentações que homenageavam os blocos afro.

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  • Data: 18/02/2024 04:02
  • Alterado:18/02/2024 16:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: Jéssica Maes e Patrícia Pasquini/Folhapress









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