DAF – Sem medo de acelerar

Luis Gambim, diretor comercial da DAF Caminhões, comemora seis anos da marca no Brasil com planos de atingir 10% de participação nos caminhões acima de quarenta toneladas

  • Data: 07/08/2019 13:08
  • Alterado: 07/08/2019 13:08
  • Autor: Luiz Humberto Monteiro Pereira
  • Fonte: Agência AutoMotrix
DAF – Sem medo de acelerar

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A DAF anunciou sua intenção de vir para o Brasil em 2011, quando o mercado nacional de caminhões passava por um vigoroso crescimento. Logo que a fábrica da marca holandesa em Ponta Grossa, no Paraná, ficou pronta, em outubro de 2013, no entanto, as vendas de caminhões no país entraram em uma profunda retração e só voltaram a reagir em 2018 e 2019, ainda em patamares inferiores aos de 2011. Mas o revés aparentemente não deixou traumas. “Apesar da crise, nossa trajetória no Brasil é um sucesso. Já em 2014, o nosso primeiro ano completo da unidade fabril em Ponta Grossa, produzimos 446 caminhões e inserimos concessionárias em todas as regiões do país. De lá para cá, crescemos ano a ano, expandindo constantemente nossa operação. Em 2018, tivemos um crescimento de 123% nas vendas, uma alta acima do mercado. Em outubro, festejaremos seis anos da inauguração de nossa fábrica brasileira com um balanço muito positivo”, comemora o paulista Luis Gambim, de 49 anos, diretor comercial da DAF Caminhões Brasil, na qual responde pelas áreas de vendas, desenvolvimento de concessionária, pós-venda, comercial e comunicação e marketing desde 2015.

Desde o ano passado, as vendas da DAF continuam embaladas e as perspectivas são bastante otimistas. “Em 2019, a DAF segue apresentando ótimos resultados, com um total de 1.439 unidades comercializadas de janeiro a junho, que permitiu atingir a marca de 6 mil caminhões DAF rodando nas estradas nacionais. Esse resultado representa uma alta de 72% sobre o mesmo período de 2018. Ou seja, estamos crescendo a passos largos. No final do ano, esperamos atingir 10% de participação de mercado no segmento em que atuamos, de caminhões acima de quarenta toneladas, no qual a DAF tem atualmente 6,7% de ‘share’. Pretendemos dobrar o volume de vendas em relação ao número registrado em 2018”, projeta Gambim, que tem 28 anos de experiência comercial no segmento de caminhões no Brasil. Bacharel em Matemática pela Universidade São José do Rio Preto e formado em Ciências Contábeis, o executivo da DAF tem pós-graduação pela Dom Cabral em Gestão Comercial e MBA pela ESIC Business & Marketing School em Neuroestratégia e Pensamento Transversal, com especialização em Global Management & Leadership.

Quais são os destaques da linha DAF no Brasil?
Gambim
– A DAF Caminhões oferece no mercado brasileiro os modelos CF85 e XF105, que correspondem, respectivamente, a 10% e 90% de nossas vendas. De janeiro a junho de 2019, o XF105 somou 1.297 unidades comercializadas. Nossos caminhões são reconhecidos no mercado pela qualidade, robustez e pelo baixo custo operacional, com ampla variedade de personalizações para atender às necessidades específicas de cada tipo de operação. Além disso, nossos modelos se destacam pela economia de combustível e pelo conforto e espaço dentro da cabine, características muito elogiadas por nossos clientes. E os caminhões da marca têm mais de 60% de nacionalização, qualificando-os para a modalidade Finame. A DAF reserva novidades para a Fenatran, o salão internacional do transporte que acontecerá em outubro em São Paulo, incluindo novos produtos e serviços.

Como está a expansão da rede de concessionárias DAF no Brasil? A fábrica brasileira pretende abastecer outros mercados latino-americanos?
Gambim
– A Rede de Concessionárias DAF no Brasil é composta atualmente por trinta e três pontos de atendimento, entre concessionárias e postos de serviço autorizados. Seguimos nosso plano de expansão da rede, com duas novas concessionárias já inauguradas em 2019 e outras a serem concluídas até o final do ano. Nosso maior foco está no Brasil, no fortalecimento das nossas operações no país. O projeto de exportação está no nosso radar, mas sem data definida ainda para acontecer. De qualquer forma, a marca já está presente em alguns mercados da América Latina, como Peru, Equador e Chile, que são abastecidos pelas fábricas da Europa.

O agronegócio tem sido a “salvação da lavoura” para o mercado brasileiro de caminhões, puxando fortemente as vendas. Como está o desempenho da DAF no setor?
Gambim
– Os dois modelos da DAF oferecidos no mercado brasileiro, o CF85 e o XF105, se enquadram no segmento de pesados, de caminhões acima de quarenta toneladas, atendendo à demanda do agronegócio. Esse setor da economia desempenhou um papel fundamental na venda de caminhões em 2018 e a expectativa é que esse cenário se repita neste ano, com a previsão de uma safra ainda maior. Para a DAF Caminhões, o agronegócio é de extrema relevância e temos uma base de clientes em expansão que inclui importantes players desse segmento. Contudo, vemos que há outros setores com fortes sinais de retomada, como a indústria.

Na indústria de caminhões, um assunto globalmente em alta é a eletrificação e o uso de combustíveis alternativos, como o biodiesel e o gás. A DAF tem desenvolvimentos nesse sentido no Exterior? Há perspectiva desses produtos virem ao Brasil?
Gambim
– Em 2018 e 2019, o Grupo Paccar apresentou diversos modelos das suas marcas subsidiárias Peterbilt, Kenworth e DAF movidos a bateria elétrica, célula de combustível a hidrogênio e motor híbrido em importantes salões como o CES e o IAA. Há opções, inclusive, como o DAF CF Eletric, já circulando em teste de campo junto a clientes na América do Norte e Europa. A gama traz ainda o DAF LF elétrico, o CF híbrido, o Peterbilt 579 autônomo, o Peterbilt 579 e os 220 elétricos e Kenworth T680 movido a célula de hidrogênio. As novas tecnologias representam o futuro, mas ainda há um caminho a ser percorrido para que elas sejam viáveis à operação dos nossos clientes no Brasil. Estamos atentos a isso para dar respostas rápidas as suas necessidades, em acordo com os constantes investimentos do Grupo Pacccar em tecnologia.

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  • Data: 07/08/2019 01:08
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