Curta!On celebra Dia do Cinema Brasileiro com seleção de filmes nacionais
Documentários falam de cineastas e de movimentos que marcaram a história do audiovisual nacional
- Data: 17/06/2021 17:06
- Alterado: 17/06/2021 17:06
- Autor: Redação
- Fonte: Curta!
O ator e diretor Hugo Carvana em ‘Éramos Todos Loucos’: à frente em 2014 e
Crédito:Divulgação/Curta!On
Em 19 de junho, é comemorado o Dia do Cinema Brasileiro! A data vem de 1898, quando o ítalo-brasileiro Afonso Segreto registrou as primeiras imagens em movimento no Brasil, referentes à chegada de um navio, do qual estava a bordo, na Baía de Guanabara. De lá para cá, o cinema nacional passou por muitas transformações e surgiram centenas de cineastas admiráveis. E, neste dia 19, o Curta!On celebra o audiovisual através de documentários imperdíveis.
Entre os filmes disponibilizados na plataforma – no NOW, da Claro/NET –, estão produções sobre diretores como Glauber Rocha, Mario Peixoto, Hugo Carvana e Eduardo Coutinho, além de filmes sobre o Cinema Novo e outros momentos decisivos da cinematografia brasileira, como a época em que era preciso driblar a censura de uma ditadura militar.
Confira as sinopses:
Rocha Que Voa – O exílio em Cuba de 1971 a 1972, um dos períodos menos conhecidos da vida do diretor Glauber Rocha, coincide com um período de grande euforia e discussão em torno do papel das artes na revolução social e política dos países da América Latina e do Terceiro Mundo. Glauber, com sua fala poética, propõe o cinema como o principal instrumento cultural e político para a promoção da unidade latino-americana, servindo como fio condutor para a reconstituição do Cinema Novo brasileiro e do Cinema Revolucionário cubano.
Glauber O Filme, Labirinto do Brasil – Dirigido por Silvio Tendler, o documentário fala sobre a vida e a morte de Glauber Rocha, o polêmico cineasta baiano que revolucionou o cinema, promovendo uma radical revisão na cultura brasileira. Imagens de seu enterro, junto a depoimentos recentes de quem acompanhou sua trajetória, explodem na tela num filme que também é tributo à memória de um artista que idealizava um cinema independente e libertário
Éramos Todos Loucos
Os realizadores da comédia “Vai trabalhar, vagabundo”, de 1973, reveem e comentam, 40 anos depois, o filme-manifesto mais debochado dentre vários que aquela geração produziu contra a falsa moral e bons costumes do autoritarismo vigente. “Vai trabalhar, vagabundo” criou para os censores da época uma dificuldade ao se verem diante de uma expressão da alma carioca, encarnada no genial personagem Secundino Meireles, o Dino, eternizado na interpretação de Hugo Carvana. O ator, formado na chanchada, dirigiu um filme emblemático, que representou o renascimento da comédia carioca, como seus amigos contam nos depoimentos gravados para este documentário, realizado pelos filhos de Carvana. Diretor: Pedro Carvana e Rita Carvana. Duração: 49min. Classificação: 14 anos.
Banquete Coutinho
“Banquete Coutinho” propõe olhar para os filmes de Eduardo Coutinho como uma grande obra indivisível. Teria um dos mestres do cinema brasileiro feito sempre o mesmo filme? A partir de um encontro filmado com o diretor em 2012 e vasto material de arquivo, o documentário mantém acesas as inquietações do cineasta, falecido dois anos após a entrevista que conduz a narrativa. Diretor: Josafá Veloso. Duração: 74 min. Classificação: Livre.
Onde a Terra Acaba
“Onde a Terra Acaba” foi dirigido pelo cineasta Sérgio Machado e é fruto de uma pesquisa de mais de dois anos sobre a vida e a obra de Mário Peixoto. Conta com a participação de grandes nomes do cinema como os diretores Carlos Diegues e Walter Salles. Diretor: Sergio Machado. Duração: 74min. Classificação: 10 anos.
Person
Dirigido por Marina Person, o documentário “Person” aborda a vida e a obra de Luiz Sérgio Person, um dos mais importantes nomes do cinema nacional da década de 1960. Inspirado pelo neorrealismo italiano, o cineasta ficou conhecido, sobretudo, por dirigir “São Paulo S.A.”, um contundente retrato da alienação e do desespero do cidadão perante a emergente industrialização da década de 1950, e “O Caso dos Irmãos Naves”, no qual usa um episódio verídico de injustiça e abuso de poder ocorrido durante o Estado Novo para traçar um paralelo com a repressão da ditadura militar da época. Ao se dedicar à realização do documentário, Marina teve o cuidado de produzir um filme não apenas informativo, mas também muito pessoal. Ela, que aos sete anos perdeu o pai num acidente de carro, mistura vídeos caseiros do diretor, depoimentos da família e dela própria, às obras dirigidas por Person.
A Luz de Mário Carneiro
“A Luz de Mário Carneiro” é um documentário que faz um mergulho na história do cinema brasileiro a partir de um de seus maiores diretores de fotografia, Mário Carneiro. Importante fotógrafo e artista plástico, foi um dos principais personagens do Cinema Novo e deixou um vasto e importante material de arquivo inédito sobre sua trajetória, como entrevistas e pequenas experiências em 16mm, além de pinturas, gravuras e desenhos. “A Luz de Mário Carneiro” é uma homenagem a esse personagem que teve grande importância para o desenvolvimento do cinema brasileiro. Diretor: Betse de Paula. Duração: 73 min. Classificação: Livre.