Curta-metragem de ex-aluna da Etec de Artes estreia no Youtube
Ana Victoria Roriz leva para o audiovisual sua polifonia de dança e poesia em performances urbanas; dos tempos como estudante do curso de Regência guarda boas lembranças
- Data: 09/08/2024 14:08
- Alterado: 09/08/2024 14:08
- Autor: Redação
- Fonte: CPS
Cineasta Ana Victoria Roriz em foto para cartaz do curta Miragens, que estreia nesta sexta-feira (9), no Youtube
Crédito:Danilo Duvilierz
Será lançado nesta sexta-feira (9), às 19 horas, o curta-metragem Miragens, de Ana Victoria Advincola Roriz, ex-aluna da Escola Técnica Estadual (Etec) de Artes, da Capital. A ideia do filme começou a brotar há doze anos, com o blog de poesias do escritor Bruno Lopes. Na época, Miragens ainda não era um filme, havia apenas o nome e o desejo de Ana Victoria de trabalhar com esses poemas – mas ainda não sabia exatamente como.
“Em 2014, comecei minha transição de gênero. Em 2015, passei no Vestibulinho da Etec de Artes, onde fiz o curso técnico em Regência”, conta a cineasta. “Sempre gostei de música e tinha vontade de estudar mais a fundo”. Em uma escola de Mogi das Cruzes, a ex-aluna já havia estudado teatro, balé clássico e dança contemporânea. Por isso, não surpreende ouvi-la dizer que é uma artista de diversas linguagens. “Me parece uma reação orgânica reunir linguagens diferentes nas minhas criações”, diz.
Em agosto de 2023, o filme começou a ganhar corpo com o edital de audiovisual do Programa de Fomento à Cultura (Profac), da prefeitura de Mogi. “A ideia veio num estalo”, define Ana Victoria. “Eu pensei em fazer um filme que levasse a vários espaços da cidade os poemas do Bruno Lopes, interpretados por artistas”. Durante as performances, ouve-se a poesia de Bruno na voz da cineasta e ao som de uma tempestade sobre um oceano encrespado.
Boas lembranças
Ana Victoria tem entre suas referências a arte de vanguarda, do cinema de Wim Wenders ao balé de Pina Bausch e à arte de Kazuo Ono, que levou ao mundo o Butoh, expressão artística criada no Japão do pós-guerra, mesclando teatro e dança.
Dos tempos da Etec de Artes, a cineasta guarda boas lembranças. “Nós tínhamos uma coisa muito rica que é o diálogo entre disciplinas. Além disso, a minha turma de Regência, em especial, era muito diversa em termos de gênero e de bagagem cultural: trazia um equilíbrio entre homens e mulheres, pessoas que já atuavam no teatro, alunos vindos de vários estados e com diversas crenças religiosas”, afirma. E completa: “Nós assistíamos às apresentações de outras turmas, de outros cursos. Nos intervalos, tudo ficava ainda mais bonito, porque no pátio havia sempre alguém tocando, dançando, ou ensaiando uma cena. Tudo no mesmo espaço, ao mesmo tempo”, destaca.
O projeto foi inscrito no Profac em parceria com o Quântica Teatro Laboratório, que transmite Miragens pelo canal do Youtube: https://youtu.be/zwpsGKrlzoA