Cresce o número de casos de dengue no interior de São Paulo
Médico lista os cuidados que ajudam a evitar a proliferação do mosquito e destaca a importância do diagnóstico rápido para a eficácia do tratamento
- Data: 27/11/2022 11:11
- Alterado: 27/11/2022 11:11
- Autor: Redação
- Fonte: FSB Comunicação
Crédito:Reprodução
Passa de 20 mil o número de casos de dengue registrados na região metropolitana de Campinas, interior de São Paulo, de acordo com último balanço da Secretaria Municipal de Saúde.
O levantamento aponta que de janeiro a outubro deste ano, Campinas, com mais de 11 mil casos, Santa Bárbara do Oeste, com pouco mais de 5 mil ocorrências e Americana, com mais de 4 mil pacientes, lideram o ranking das cidades com maior incidência da doença na região. O balanço destaca ainda que a região noroeste de Campinas é onde há a maior incidência de casos e que até outubro quatro pessoas morreram vítimas da dengue. Além disso, de janeiro até agora foram registrados 19 casos de Chikungunya.
O médico patologista clínico e gestor do Grupo Sabin Campinas, Alex Galoro, analisa com preocupação os números e alerta para os riscos de exposição aos vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, causadores da dengue, chikungunya e zika. “Os arbovírus são verdadeiras ameaças à saúde pública e é preciso cuidado e atenção para evitar qualquer exposição a estas doenças”, observa.
De acordo com o especialista, o registro de casos dessas doenças aumenta consideravelmente no verão e alerta que pode haver crescimento nesta reta final de 2022, com a chegada de dias mais chuvosos.
“Combater o Aedes aegypti é a forma mais eficaz de prevenção e começa dentro de casa, com cuidados simples na rotina. Temos várias pesquisas de campo que mostram que 80% dos criadouros estão dentro das casas. Portanto, uma rápida conferência se há água parada em pratinhos, nos vasos de plantas, ralos, telhados, calhas, garrafas, pneus, ou ambientes que possam servir de criadouros para o mosquito já é de grande valia. Cabe ainda salientar que em caso de necessidade de armazenamento de líquidos, é preciso cuidado para não deixar os reservatórios destampados e evitar assim que o mosquito coloque ovos dentro desses recipientes.”
O especialista observa ainda que localidades onde a perigosa combinação de altas temperaturas e grande incidência de chuvas podem contribuir para o aumento do número de criadouros. “O mosquito se prolifera em espaços úmidos e quentes e as regiões com temperaturas mais elevadas são muito propícias para o aedes. É preciso e é possível evitar ao máximo qualquer forma de exposição”, observa.