Covid-19: Vacina e isolamento podem ter evitado 66 mil mortes no RJ, aponta estudo

Os painéis de acompanhamento do cenário epidemiológico do novo coronavírus da prefeitura indicam um total de 87,8 mil casos graves e 36 mil mortes na cidade desde o início da pandemia

  • Data: 24/02/2022 15:02
  • Alterado: 17/08/2023 08:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência Brasil
Covid-19: Vacina e isolamento podem ter evitado 66 mil mortes no RJ, aponta estudo

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Crédito:Reprodução

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As medidas de isolamento social e o avanço da vacinação contra a covid-19 podem ter evitado 66 mil mortes e 380 mil internações decorrentes da doença apenas na cidade do Rio de Janeiro. É o que aponta um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado hoje (24), que teve como objetivo compreender o real impacto de medidas farmacológicas e não farmacológicas para deter a pandemia.

O estudo, publicado na Infectious Disease Modelling, analisou os chamados cenários contrafatuais na cidade, ou seja, situações que não ocorreram, mas que poderiam ter ocorrido com e sem medidas como isolamento e vacinação. De acordo com os cientistas, as políticas associadas podem ter evitado mais de 380 mil hospitalizações e 66 mil óbitos na cidade até junho de 2021.

Os painéis de acompanhamento do cenário epidemiológico do novo coronavírus da prefeitura indicam um total de 87,8 mil casos graves e 36 mil mortes por covid-19 na cidade desde o início da pandemia, em março de 2020. O número de casos confirmados passa de 908 mil.

Os pesquisadores do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) desenvolveram modelos matemáticos para capturar e descrever a dinâmica da pandemia na cidade. Analisando os dados e as possibilidades de cenário, os cientistas apontam que apenas a vacinação teria evitado mais de 230 mil casos de hospitalizações e mais de 43 mil mortes. E as medidas não farmacológicas, como uso de máscaras e isolamento social, teriam evitado outras 150 mil hospitalizações e 23 mil óbitos.

A pesquisa utilizou os dados públicos de hospitalizações e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

O coordenador do Procc/Fiocruz e do estudo, Daniel Villela, explica que o levantamento foi feito na época de grande disseminação da variante Gama, sendo a vacinação a grande responsável por frear os casos graves. “O que aconteceu já foi uma tragédia, mas teríamos tido um número de casos e hospitalizações ainda maior, se não fossem as medidas adotadas”.

De acordo com ele, a chegada da variante Ômicron alterou o cenário, mas os resultados da pesquisa se mantém válida.

“Mesmo com a entrada de uma nova variante como essa, do aumento de casos decorrentes disso e das doses de reforço da vacina, temos que continuar tomando os cuidados. De certa forma, é uma repetição do mesmo filme, mas com outros elementos. A mensagem é a de que as políticas combinadas continuam sendo importantes e atingindo os melhores resultados”.

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