Correios lança selo em homenagem aos 150 anos de nascimento do Maestro Tonheca Dantas
Tonheca Dantas fez parte de várias bandas militares tocando os mais variados tipos de instrumentos
- Data: 11/06/2021 13:06
- Alterado: 11/06/2021 13:06
- Autor: Redação
- Fonte: Correios
Crédito:Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Os Correios promovem, neste domingo (13), em Carnaúba dos Dantas (RN), o lançamento do selo comemorativo aos 150 anos de nascimento do Maestro Tonheca Dantas. O evento, que integra a programação em homenagem a esse ilustre músico e compositor potiguar, será transmitido online, às 11h, no canal do YouTube da Filarmônica Onze de Dezembro.
Autodidata e intuitivo, Tonheca Dantas fez parte de várias bandas militares tocando os mais variados tipos de instrumentos. Em 1898, foi contratado como maestro da Banda de Música da Polícia Militar, além de ter sido regente da Banda de Música do Corpo de Bombeiros em Belém do Pará, em 1903.
As composições do Maestro Tonheca Dantas ficaram conhecidas em todo o Brasil e fora dele. A sua música de maior notoriedade é “Royal Cinema”, apontada pelos pesquisadores como sua mais notável produção e tocada durante a Segunda Guerra Mundial pela Rádio BBC de Londres, mas infelizmente executada como “autor desconhecido”. Muitas outras composições conseguiram o acatamento das mais primorosas orquestras, a exemplo das valsas “Delírio” e “A Desfolhar Saudades”.
O Maestro Tonheca Dantas nasceu em 13 de junho de 1871 em Carnaúba de Baixo (depois Carnaúba dos Dantas), então pertencente ao Município de Acari, na região do Seridó do Rio Grande do Norte. Filho do Tenente-Coronel João José Dantas e da escrava alforriada Vicência Maria do Espírito Santo, recebeu o nome de Antônio, em cumprimento à tradição luso-espanhola de reverência ao santo do dia. Antônio Pedro Dantas, por completo, apelidado Tonheca.
Aos 7 de fevereiro de 1940, aos 68 anos de idade, Tonheca Dantas falece na cidade de Natal/RN, deixando seu legado na história da música não só do Rio Grande do Norte, mas do Brasil. O reconhecimento de sua importância está marcado pela aposição de seu nome a uma sala do Teatro Alberto Maranhão e pelo patronato da cadeira 33 da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras.