Corinthians se incomoda com António, mas entende que não é hora de demitir
O Corinthians acredita que, apesar das dificuldades extracampo, o time poderia render mais
- Data: 18/06/2024 12:06
- Alterado: 18/06/2024 12:06
- Autor: Redação
- Fonte: Lucas Musetti Perazolli/UOL/Folhapress
António Oliveira
Crédito:Rodrigo Coca/Agência Corinthians
O Corinthians não está feliz com o desempenho do técnico António Oliveira, mas entende que o momento não é adequado para demissão.
O Timão está na 16ª colocação, com sete pontos, e briga contra o Z4.
O time não vence há cinco jogos no Campeonato Brasileiro e algumas decisões de António chamam a atenção, como a utilização de Gabriel Moscardo diante do São Paulo e a demora para dar sequência a Igor Coronado.
O treinador português optou por Moscardo sem ritmo e deixou Breno Bidon no banco. No intervalo, Bidon entrou e a equipe melhorou. Coronado vive a primeira sequência entre os 11.
Outro incômodo é com a postura pública de António Oliveira. Ele tem o apoio do elenco, mas “joga contra” nas entrevistas.
António cobra reforços, faz reclamações sem rodeios e mostra pouco esforço para apaziguar os ânimos, como ocorreu nos casos de Cássio e Carlos Miguel.
Nós sabermos o que nos passa ao lado. E o que nós queremos é um clube são, um clube estável, um clube onde existe a paz. Para nos transmitir também isso, essa segurança, essa estabilidade, para nós podermos desempenhar as nossas funções António Oliveira
O presidente Augusto Melo enfrenta diversos problemas políticos e vê o executivo de futebol Fabinho Soldado como um pacificador enquanto António Oliveira às vezes põe lenha na fogueira.
António crê que faz o possível diante das limitações em campo e tantos problemas fora das quatro linhas. O técnico acha que a necessidade de reforços é óbvia e quer pelo menos seis novidades para o segundo semestre.
MOMENTO INADEQUADO
O Corinthians prioriza situações administrativas e espera que o desempenho do time melhore para não precisar demitir António Oliveira.
O Timão não tem diretor de futebol e nem os novos chefes de marketing e financeiro depois da debandada na diretoria.
Sob risco de processo de impeachment, o presidente Augusto Melo tenta recuperar a sua base política e deixa o futebol totalmente nas mãos do executivo Fabinho.
Soldado gosta do trabalho de António Oliveira e aposta em um segundo semestre melhor com os reforços. A continuidade do treinador só será colocada em xeque em caso de nova sequência de maus resultados.
A avaliação é que demitir António neste momento de turbulência pioraria ainda mais a situação. O elenco está “blindado” das notícias negativas e quer a permanência do português.