Contra o racismo e violência, Diadema e UFABC formam servidores para a igualdade

Experiência piloto resultou em curso de extensão universitária "Escola para Igualdade: Classe, Gênero, Raça e suas relações com Território e Meio Ambiente" para servidores municipais

  • Data: 18/06/2024 19:06
  • Alterado: 18/06/2024 19:06
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Secom/PMD
Contra o racismo e violência, Diadema e UFABC formam servidores para a igualdade

Crédito:André Baldini/PMD

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Unidas na luta contra o racismo e violência, a UFABC (Universidade Federal do ABC) e a Prefeitura de Diadema realizaram, de forma inédita, uma parceria que resultou no curso de extensão universitária “Escola para Igualdade: Classe, Gênero, Raça e suas relações com Território e Meio Ambiente” para o funcionalismo municipal. A entrega dos certificados para 50 formandos foi realizada, no auditório da Secretaria Municipal de Educação, em 12 de junho.

O projeto piloto contou com a participação direta de secretarias municipais (Educação, Saúde, Cultura, Assistência Social e Cidadania e a Desenvolvimento Econômico e Trabalho) e a Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (CREPPIR). O curso foi coordenado pela UFABC, por meio dos docentes Dr. Acácio de Almeida e Eleonora Menicucci, ex-ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres. A carga horária com 60 horas de aulas foi ministrada ao longo do ano de 2023.

A formatura da primeira turma contou com a presença da secretária municipal de Educação, Ana Lúcia Sanches, da coordenadora do CREPPIR, Márcia Regina Damaceno Silveira, da responsável técnica da área de populações estratégicas da Secretaria Municipal da Saúde, Yury Puello Orozco, da coordenadora do Centro de Formação Carlos Kopcak, Evelyn Daniel, e do professor da UFABC, Dr. Acácio de Almeida.

O prefeito José de Filippi Júnior e a vice prefeita Patty Ferreira não compareceram à formatura porque estavam em Brasília para receber o prêmio Prefeito Amigo da Criança. Por vídeo, a vice explicou as ausências e parabenizou a turma toda.

Devido a problemas de saúde, a ex-ministra Eleonora Menicucci também enviou um vídeo e em nome da UFABC, a docente agradeceu ao Governo Filippi. “O curso foi pioneiro, histórico, profundo e produtivo, para auxiliar vocês a mudarem a concepção, qualificando o serviço público para as pessoas que buscarem atendimento e acolhimento junto à Prefeitura. Com certeza esse aprendizado vai frutificar novos dias e esperanças para melhorar a realidade no nosso país”, disse Eleonora.

Na avaliação do Dr. Acácio de Almeida, o curso piloto foi uma ótima experiência e contou com um grupo participante bastante ativo e propositivo. “Como nosso projeto é de vida, precisamos olhar a realidade e buscar nela a questão de classe, gênero e raça”, explicou.

Avaliação positiva

A coordenadora do CREPPIR, Márcia Damaceno, classificou de positivo o curso e prometeu empenho para discutir com a UFABC a continuidade. “A experiência foi desafiadora para nós porque não conseguimos mudar mentalidades em alguns meses. O curso torna evidente que nós gestores precisamos repensar as ações para enfrentar o racismo e outras formas de violência, sendo multiplicadores dessa consciência”, afirmou Márcia.

A secretária municipal de Educação, Ana Lúcia Sanches, destacou o valor da parceria com a Universidade na busca coletiva pelo conhecimento. “Precisamos de ferramentas teóricas e metodológicas para que nosso serviço público no dia a dia seja a verdadeira prática da igualdade e equidade. Que tenhamos força para continuar nesse caminho tão árduo”, declarou a secretária.

Para a formanda Viviane dos Santos Pereira, que trabalha no CRAS Eldorado, a formação vai auxiliar no trabalho porque em seu território de ação possui famílias vulnerabilizadas. “O curso ajuda a não naturalizar a violência no dia a dia, para que nossa política pública seja de fato uma rede de apoio, especialmente para mulheres pretas e pobres, já que no cotidiano existe uma violência de gênero, classe e de raça, que precisamos combater”, disse.

“Se a gente não cuida disso, o poder público passa a ser mais um agente de violência e opressão para quem prestamos atendimento. Por isso, precisamos ter um olhar mais humano e não culpabilizar as famílias já extremamente vulnerabilizadas”, finalizou a servidora Viviane.

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  • Data: 18/06/2024 07:06
  • Alterado:18/06/2024 19:06
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Secom/PMD









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