Consultor eleitoral comenta possível candidatura de Gustavo Lima à presidência
Em entrevista ao site Istoé, especialista destaca que cantor precisará de boa articulação política para conseguir viabilizar a campanha.
- Data: 14/01/2025 17:01
- Alterado: 14/01/2025 17:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Assessoria
O cantor Gustavo Lima anunciou, no dia 2 de janeiro, sua intenção de ser candidato à Presidência da República em 2026. As declarações repercutiram intensamente no meio político e geraram análises sobre os desafios da candidatura, como a adaptação ao universo político e a necessidade de construir alianças estratégicas. O consultor eleitoral Wilson Pedroso foi um dos entrevistados pelo site IstoÉ, onde comentou os obstáculos e as estratégias necessárias para viabilizar a empreitada política de Lima.
Wilson Pedroso, analista político com MBA nas áreas de Gestão e Marketing, coordenou as campanhas vitoriosas de João Doria para a prefeitura de São Paulo e para o Governo do Estado, e de Bruno Covas também para prefeito da capital paulista. Ele ainda foi coordenador de Pablo Marçal, terceiro colocado na disputa pela prefeitura em 2024.
Em relação à possível candidatura de Gustavo Lima, Pedroso ressaltou as diferenças com a campanha de Marçal. “A comparação é natural, tendo em vista que ambos são outsiders políticos com grande apelo popular em seus segmentos. No entanto, as campanhas apresentam diferenças fundamentais. Marçal construiu sua candidatura com base em um discurso disruptivo e focado na renovação política, utilizando estratégias como a criação de conteúdo massivo nas redes sociais. Lima teria o desafio de traduzir sua popularidade no mundo da música para o campo político, algo que exige uma narrativa consistente e alinhada às expectativas dos eleitores”, explicou o analista político.
Wilson Pedroso citou exemplos de políticos que migraram com sucesso para o campo político, como Donald Trump, empresário e personalidade midiática que se tornou presidente dos EUA; João Doria, que passou de empresário a prefeito de São Paulo; e Tiririca, que usou sua popularidade como artista para ser eleito deputado federal.
Para Pedroso, a construção de uma candidatura sólida exigiria de Gustavo Lima a elaboração de propostas claras e atrativas, além do desenvolvimento de articulação política para dialogar com lideranças e construir alianças estratégicas. “O cantor terá um dilema entre fortalecer um partido existente, como fez Bolsonaro ao usar o PSL, ou entrar em um partido já com estrutura, fundo partidário e capilaridade nos Estados, como o União Brasil“, pontuou o consultor.
Além de Wilson Pedroso, a IstoÉ ouviu também o marqueteiro político Paulo Vasconcelos e o cientista político Renato Dorgan para entender as implicações dessa possível candidatura de Gustavo Lima. Acesse a íntegra da reportagem aqui.