Conservatório de Tatuí promove show com ‘’Aláfia’’

O Conservatório de Tatuí — instituição da Secretaria de Economia Criativa do Estado de São Paulo, gerida pela Sustenidos Organização Social de Cultura e considerada a maior escola de música e artes cênicas da América Latina — recebe nesta sexta-feira, dia 23, o grupo Aláfia, consagrado por seu trabalho que traz a fala de rua, o frescor dos encontros e o contato profundo com a ancestralidade afro-brasileira. O show será realizado no Teatro Procópio Ferreira, às 20h, com entrada gratuita. Os ingressos podem ser retirados pela plataforma virtual INTI ou pessoalmente, na bilheteria do teatro, de terça a sexta-feira, das 13h às 16h e das 17h às 20h.

O show de “Aláfia” conta com diversas influências do rap, música de terreiro, MPB e funk. Ritmos e melodias dão forma a uma lírica sofisticada que questiona asociedade atual e não deixa ninguém indiferente. A banda, conhecida por sua originalidade, ganhou destaque na mídia e reconhecimento dentro do cenário musical em meados de 2013, após lançar o primeiro disco homônimo.

Depois de percorrer boa parte da cidade e estado de São Paulo, “Aláfia” conquistou espaço em outros estados, como o Ceará, Rio de Janeiro e uma apresentação internacional em Cuba. Participou da trilha sonora do game da Eletronic Arts “Fifa World Cup 2014” com a música “Mais tarde”, além de integrar a coletânea News Sounds da revista Songlines (UK) com a música “Em Punga””.

Em 2014, lançou o single “Quintal” acompanhado do seu primeiro videoclipe. No ano seguinte, houve o lançamento do segundo disco, intitulado como “Corpura” (YB Music), contemplado pelo programa Natura Musical. Produzido por Alê Siqueira e Eduardo Brechó, o disco traz o compromisso da banda não só com a ancestralidade e matrizes brasileira, mas também com a necessidade do diálogo sobre a realidade cultural e social do país.

Questões atuais e relevantes são musicadas ao passo em que o som de “Aláfia” flerta com a black music carioca dos anos 1970 e o funk norte-americano e africano. É o funk candomblé que atinge sua maturidade. “Corpura”, ao mesmo tempo que incita a refletir, também convida a dançar. Com esse disco, o grupo fez 47 shows, cerca de 30 cidades, 7 estados e 4 países. Participou da Virada Cultural Paulistana, do Circuito Sesc de Artes, além dos festivais: Festival de Vento (Ilhabela), Festiva SeRasgum (Belém), Festival Radioca (Salvador), Festival Circulart (Colombia), Festival Tocatas Mil (Chile) e no Uruguay apresentou-se na Sala Zitarosa. Em 2016, lançou o disco em vinil no Sesc Pinheiros e um clipe duplo das faixas: ‘Corpuras’ e ‘Adrinkras’. Na televisão, voltaram a apresentar-se no Manos e Minas (Tv Cultura) no programa especial ‘Consciência Negra’. No mesmo ano, a música “Pera lá” do primeiro disco da banda fez parte da abertura das Olimpíadas.

Após o sucesso de ‘Corpura’, a banda lançou o terceiro disco chamado ‘SP não é sopa, na beirada equenta’. Produzido e dirigido por Eduardo Brechó, é considerado como um desdobramento de todo o trabalho realizado em quase 6 anos de estrada. Trilha sonora para a megalópole, traz referências tradicionais em roupagens não convencionais que enfatizam elementos eletrônicos, com filtros e processamentos, construindo um som mais sujo e urbano, retratando sobre a vida nos vários bairros da cidade. Uma outra abordagem dos mesmos ensinamentos e temas apresentados nos discos anteriores. Na televisão, fizeram apresentações no programa Cultura Livre (TV Cultura).

Ainda em 2017, o grupo faz sua primeira turnê na Europa, apresentando-se em festivais e casas de shows de renome na Dinamarca, Finlândia, Portugal, França e Turquia. Em 2019, a banda lança o disco “Liturgia Samba Soul”, um mergulho na obra dos grandes nomes do sambasoul nacional e inaugurando uma formação com novos integrantes.