Conflito na USP: Alunos Reagem a Grades de Controle e Universidade Busca Ação Legal

Conflito na USP: Moradores do Crusp enfrentam reitoria por instalação de grades e controle de acesso; tensões crescem entre estudantes e administração.

  • Data: 27/01/2025 16:01
  • Alterado: 27/01/2025 16:01
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress
Conflito na USP: Alunos Reagem a Grades de Controle e Universidade Busca Ação Legal

Crédito:Alessandra Haro/Memorial da Resistência

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A Universidade de São Paulo (USP) protocolou um boletim de ocorrência na última quinta-feira (23) contra residentes do Conjunto Residencial da USP (Crusp), que estão obstruindo a instalação de grades destinadas ao controle de acesso à moradia estudantil. A administração da universidade afirma que os alunos envolvidos adotaram comportamentos violentos e deverão enfrentar repercussões legais.

Além disso, a reitoria solicitou a abertura de um processo disciplinar, que será conduzido pela Procuradoria Geral da universidade, com o objetivo de apurar os fatos. Os estudantes implicados serão convocados para prestar depoimento durante a investigação.

O plano para a instalação das grades foi concebido em julho de 2024, após um processo licitatório. Embora tenha sido anunciada a suspensão da obra em setembro devido aos protestos contínuos dos moradores, a reitoria prosseguiu com as iniciativas, contratando uma empresa em novembro para desenvolver a automação dos portões de entrada.

No dia 2 de janeiro, durante uma tentativa de instalação do sistema de controle de acesso nas entradas dos blocos do Crusp, um grupo de moradores se mobilizou e conseguiu barrar a ação. Desde então, as tensões aumentaram.

Recentemente, a USP tentou realizar vistorias nos apartamentos, mas encontrou resistência dos residentes, que segundo a instituição, agiram com ofensas e desrespeito aos servidores públicos presentes. Por outro lado, os moradores contestam essas alegações e afirmam que as agressões partiram dos funcionários da universidade.

A controvérsia em torno do controle de acesso teve início em julho do ano passado. Os moradores acusam a USP de ter intenções ocultas na implementação das grades, sugerindo que se trata de uma medida para realizar inspeções nos apartamentos onde residem pessoas sem vínculo formal com a universidade. A USP refuta essa acusação. De acordo com dados fornecidos pela AmorCrusp (Associação de Moradores do Crusp), cerca de 300 dos 1.200 habitantes da moradia estão em situação irregular.

Muitos dos estudantes atualmente residentes no Crusp foram acolhidos por colegas devido à falta de vagas nos editais oficiais da universidade. Há também casos de ex-alunos que permanecem nas instalações após concluírem seus cursos e pessoas sem qualquer relação com a USP que invadiram os apartamentos.

A AmorCrusp defende uma abordagem mais humanizada, propondo uma análise individualizada das situações sem promover expulsões forçadas dos ocupantes irregulares.

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  • Data: 27/01/2025 04:01
  • Alterado:27/01/2025 16:01
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress









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