Confira exposições de arte com entrada gratuita no feriado do aniversário de São Paulo
“Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira”, “Como medida: uma coleção”, “E o silêncio Nagô calou em Mim” estão em cartaz no CCBB SP, na Chácara Lane/Museu da Cidade de São Paulo, e Galeria de Fotos do Centro Cultural FIESP
- Data: 23/01/2024 16:01
- Alterado: 23/01/2024 17:01
Exposição Como Medida: uma coleção, 2023. Chácara Lane
Crédito:Divulgação
A capital paulista completa 470 anos na quinta-feira (25/01) e para aproveitar o feriado a dica é visitar as exposições em cartaz na cidade. O Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (CCBB SP), apresenta “Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira”, com mais de 150 obras de artistas negros do país. Na Chácara Lane/Museu da Cidade de São Paulo, o destaque são os trabalhos de Adalgisa Campos reunidos em “Como medida: uma coleção”. Já a Galeria de Fotos do Centro Cultural FIESP apresenta “E o silêncio Nagô calou em Mim”, com imagens produzidas pela pesquisadora e artista visual Denise Camargo. Confira mais detalhes a seguir:
ENCRUZILHADAS DA ARTE AFRO-BRASILEIRA
Em exibição no CCBB SP até 18 de março, a mostra destaca a produção artística afro-brasileira e reúne obras de 61 artistas negros. São cerca de 150 pinturas, fotografias, esculturas, instalações, vídeos e documentos abordando uma variedade de temáticas, técnicas e descritivos.
A exposição tem curadoria de Deri Andrade e é dividida em eixos temáticos, a partir de cinco artistas consagrados: Arthur Timótheo da Costa (Rio de Janeiro, RJ, 1882-1922), Lita Cerqueira (Salvador, BA, 1952), Maria Auxiliadora (Campo Belo, MG, 1935 – São Paulo, SP, 1974), Mestre Didi (Salvador, BA, 1917- 2013) e Rubem Valentim (Salvador, BA, 1922- São Paulo, SP, 1991).
Cada um desses artistas acima lidera, respectivamente, um eixo: Tornar-se, Linguagens, Cosmovisão (sobre engajamento político e direitos), Orum (sobre as relações espirituais entre o céu e a terra, a partir do fluxo entre Brasil e África) e Cotidianos (discussão sobre representatividade).
O CCBB fica na Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – SP e está em funcionamento todos os dias, das 09h às 20h, exceto às terças-feiras. Os ingressos, gratuitos, estão disponíveis em www.bb.com.br/cultura e na bilheteria física.
COMO MEDIDA: UMA COLEÇÃO
A mostra na Chácara Lane apresenta mais de uma centena de obras de uma série iniciada por Adalgisa Campos no fim dos anos 1990. São trabalhos realizados a partir de esquadrinhamentos que têm o corpo da artista como um referencial de dimensão.
A coleção reúne registros de objetos e locais por onde Adalgisa Campos passou: de lugares da infância aos espaços onde expôs, como França e Alemanha. Entre os destaques está a obra “Apartamento imaginário (os 10 quartos)”, um desenho digital impresso em papel fine art.
Em cartaz até 9 de junho, a exposição abre de terça a domingo, das 09h às 17h. A Chácara Lane fica na Rua da Consolação, 1024 – Consolação. Entrada Gratuita.
E O SILÊNCIO NAGÔ CALOU EM MIM
Na exposição, em cartaz na Galeria de Fotos do Centro Cultural Fiesp, o público é convidado a refletir sobre pré-conceitos envolvendo os ritos e mitos que permeiam religiões de matriz africana no Brasil. A mostra reúne imagens produzidas pela pesquisadora, educadora e artista visual Denise Camargo.
Entre as imagens estão fotos realizadas na Casa das Águas, terreiro localizado em Amador Bueno (SP), em um templo de vodu em Nova Orleans, Estados Unidos e outros territórios de resistência cultural e simbólica que atravessam a história do Brasil – e contribuem para a preservação das tradições afro-brasileiras.
A exposição, vale observar, fala de cultura e tem papel educacional ao explicar elementos presentes nos rituais do candomblé, não é sobre religião. Além das fotos, há textos poéticos da artista, objetos e um vídeo. Diógenes Moura assina a curadoria. Em exibição até 14 de abril, no Centro Cultural Fiesp, que fica na Avenida Paulista, 1313, em frente ao metrô Trianon-Masp. Aberto das 10h às 20h, com entrada gratuita.