Como prevenir acidentes com crianças no verão
Aldeias Infantis SOS alerta para possíveis perigos envolvendo crianças no período, seja em casa ou em viagens
- Data: 31/01/2023 11:01
- Alterado: 31/01/2023 11:01
- Autor: Redação
- Fonte: Aldeias Infantis SOS
Imagem Ilustrativa
Crédito:Reprodução
Com o verão, as crianças têm mais tempo livre para se divertirem com a família e os amigos. Entretanto, é importante redobrar a atenção, pois a falta de supervisão de um adulto pode aumentar o número de acidentes. É preciso verificar os riscos existentes no ambiente doméstico, incluindo residência própria ou ainda a casa de familiares, imóveis alugados para temporada, hotéis, pousadas, clubes e demais espaços comunitários.
“É nessa época, tão aguardada pelas crianças, que os pais, familiares e cuidadores precisam ficar ainda mais atentos. É mais comum que os riscos aumentem, já que as crianças e adolescentes estarão com mais tempo livre para explorar os ambientes. Vale fazer uma ‘operação pente fino’ na casa e demais espaços nos quais aproveitarão as férias”, destaca Erika Tonelli, especialista em Entornos Seguros e Protetores da Aldeias Infantis SOS.
De acordo com pesquisa realizada pela Aldeias Infantis SOS, por meio do Instituto Bem Cuidar (IBC), as principais razões de acidentes com crianças são as quedas, responsáveis por 44% das ocorrências, seguido por queimaduras, com 19%, e intoxicações, que representam 5% do universo avaliado.
Para que as férias sejam um período de muita diversão, confira abaixo algumas dicas para evitar acidentes:
Quedas: Crianças não devem brincar próximas a janelas ou sacadas sem proteção, que devem ter grades ou redes de segurança. A atenção deve ser redobrada com pisos escorregadios, lajes e escadas, que oferecem alto risco para quedas. As brincadeiras em parquinhos e brinquedões também devem ser supervisionadas para evitar acidentes.
Tomadas: Para evitar descargas elétricas, todas as tomadas devem estar tampadas e protegidas para obstruir o contato das crianças. Segundo o Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica 2022, divulgado pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), 342 crianças de 0 a 10 anos foram vítimas fatais de choque elétrico na última década.
Gavetas: É indispensável adicionar travas em gavetas com objetos cortantes e que ofereçam risco. Além disso, não é somente a faca que apresenta perigo: itens de cozinha em geral, além de objetos como clipes metálicos, tampa de caneta e tesoura, por exemplo, também podem causar acidentes.
Brinquedos: Os brinquedos devem passar por uma inspeção para checar se há partes soltas ou quebradas com pontas afiadas ou arestas. Caso encontre algum problema que possa causar acidente ou lesão, conserte imediatamente ou descarte. A Aldeias Infantis SOS recomenda a compra somente de brinquedos com selo do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), respeitando a faixa etária indicada.
Intoxicação: É essencial manter remédios, produtos de limpeza, venenos e plantas tóxicas fora do alcance das crianças.
E não é só no ambiente doméstico que existem perigos. Muitas famílias aproveitam a época para viajar e explorar novos lugares, mas os responsáveis precisam continuar atentos. “É fundamental verificar a segurança do local de hospedagem antes que as crianças brinquem livremente pelo ambiente”, sugere Erika Tonelli.
Veja algumas dicas para viajar preparado:
Hospedagem: Não importa onde seja a hospedagem, na casa de familiares ou quarto de hotel, as condições de segurança devem ser avaliadas e adaptadas para as crianças.
Atividades ao ar livre: Ao andar de skate, bicicleta ou patins, por exemplo, é necessário usar equipamentos de segurança, como capacete, cotoveleiras e joelheiras, para evitar o risco de lesões graves. Nos parquinhos, sempre verificar a condição dos brinquedos e não utilizá-los caso estejam quebrados, enferrujados ou com superfícies perigosas.
Se a brincadeira escolhida for empinar pipas, certifique-se de estar longe de fiações e, em caso de relâmpagos, recolha o brinquedo imediatamente.
Brincadeiras aquáticas: Ainda de acordo com dados da Aldeias Infantis SOS, por meio do Instituto Bem Cuidar (IBC), o afogamento é uma das principais causas de internação de crianças e adolescentes. Por isso, não deixe as crianças sozinhas à beira de piscinas, rios ou lagos e, ao entrar na água faça o uso de coletes salva-vidas, uma vez que boias de braço não são aconselhadas. Fique atento ainda com baldes, bacias, piscinas plásticas, que mesmo rasos, podem ser perigosos.
Atividades em grupo: Em hotéis e colônias, procure saber se existe uma equipe de monitores especializados para cuidar de crianças, com profissionais formados em primeiros socorros. No caso de atividades que necessitem de equipamentos de segurança, exija que sejam utilizados e atente às condições dos instrumentos.
A informação sobre as medidas de prevenção é uma das formas mais eficientes para que acidentes não ocorram. Medidas básicas de precaução podem evitar problemas graves e minimizar situações com potencial de ferimentos e, principalmente, salvar vidas.