Como os sistemas híbridos de energia solar podem ser aliados nos apagões em SP?
Moradores da Grande São Paulo ficaram sem energia desde a última sexta-feira (24) em virtude das fortes tempestades que atingiram a região.
- Data: 28/01/2025 15:01
- Alterado: 28/01/2025 15:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Assessoria
As interrupções no fornecimento de energia elétrica estão cada vez mais frequentes em diferentes regiões brasileiras, incluindo São Paulo. Desde a última sexta-feira (24), quando a capital paulista registrou a terceira maior chuva da história do município, milhares de pessoas ficaram sem energia elétrica.
A falta de energia elétrica causa prejuízos para todas as esferas da sociedade. No residencial, por exemplo, há muitas pessoas que trabalham em home-office, o que se torna essencial ter a energia para conseguir desenvolver suas atividades diárias, ou mesmo no caso de pessoas que dependem de equipamentos hospitalares elétricos para a manutenção da própria vida. No caso do comércio e indústria, a falta da energia pode ocasionar a interrupção no funcionamento de equipamentos do sistema de produção, o que pode gerar um enorme prejuízo.
Nesse cenário, soluções confiáveis, que possam minimizar os impactos dessa situação, tornam-se essenciais para assegurar que, em casos de emergência, esse fornecimento não seja interrompido. E, nesse contexto, está a energia solar – uma fonte de energia limpa, que está ganhando cada vez mais espaço no Brasil. Porém, importante ressaltar que os sistemas solares convencionais são conectados à rede e injetam a energia diretamente na rede elétrica e, dessa forma, durante as quedas de energia, esses sistemas não garantem o fornecimento de energia.
É para solucionar esse gargalo que o sistema fotovoltaico evoluiu. Já presente em vários países do mundo, agora começam a chegar ao Brasil os inversores híbridos – que são o ‘cérebro’ do sistema, ou seja, equipamentos do sistema solar podem operar simultaneamente com uma fonte de energia (painéis solares) e um banco de baterias. Esses equipamentos permitem que a energia solar seja armazenada em baterias para ser usada em momentos como os de apagões, no período noturno ou nos chuvosos, por exemplo.
“Dessa forma, não haverá a dependência da rede elétrica, além da economia substancial na conta de energia, o que faz com que o sistema de armazenamento com baterias se pague em 6 a 8 anos”, destaca Gilberto Camargos, diretor-executivo da SolaX Power.
“Com a redução de mais de 40% no valor dos painéis solares, a tendência é de que a atratividade dessa fonte de energia tenha expressivo crescimento, cenário esse, aliado à possibilidade de armazenar essa energia limpa, garantindo a segurança energética e redução no payback (período necessário para que o custo da aquisição e instalação dos equipamentos se pague)”.
Essa redução no período para retorno do investimento é um importante indicador da competitividade dos sistemas fotovoltaicos, já que, quanto menor o prazo, mais atrativo é investir nesse sistema e, com a redução no valor dos painéis solares, a tendência de queda é real.