Como encarar os impactos que a Inteligência Artificial trará ao universo profissional?

Com mudanças inevitáveis no mercado, profissionais devem investir em capacitação, criatividade e competências estratégicas para se adaptar.

  • Data: 21/01/2025 16:01
  • Alterado: 21/01/2025 16:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Elizabeth Mariano Matsumoto
Como encarar os impactos que a Inteligência Artificial trará ao universo profissional?

Crédito:iStock

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De acordo com uma análise realizada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a Inteligência Artificial (IA) deve impactar quase 40% de todos os empregos do mundo. No caso do Brasil, 41% dos empregos apresentam alta exposição à tecnologia, seja de forma positiva, beneficiando os profissionais, ou negativa, colocando algumas funções em risco no futuro.

Paralelamente, o Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2025, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial neste início de ano, aponta que as mudanças no mercado de trabalho irão afetar 22% dos empregos até 2030. Estima-se a criação de 170 milhões de novas funções e a extinção de 92 milhões, resultando em um aumento líquido de 78 milhões de empregos.

Apesar dos números intimidadores, essas mudanças não devem gerar pânico ou rejeição à nova tecnologia. Muitas tarefas já estão sendo ou serão substituídas pela IA, e essa transformação é inevitável, com projeções ainda mais intensas em um futuro próximo.

Profissões de todas as áreas serão impactadas, pois o mundo mudou. O relatório do Fórum Econômico Mundial prevê que 40% das habilidades exigidas no trabalho devem mudar. Por isso, recomenda-se que os profissionais invistam em funções estratégicas, como análise crítica, planejamento e relacionamento, áreas menos suscetíveis ao impacto das IAs.

Além disso, é essencial buscar capacitação e desenvolver habilidades em tecnologia e competências comportamentais, como criatividade, resiliência, flexibilidade e agilidade. Uma combinação entre essas frentes é ideal, já que o relatório aponta para a necessidade de requalificação ou aprimoramento de grande parte dos profissionais.

Competências comportamentais, como comunicação, empatia e criatividade, ganharão destaque em um cenário onde a automação substitui tarefas repetitivas. Assim, habilidades como pensamento crítico, resolução de problemas, inovação, desenvolvimento de novas tecnologias, programação, trabalho em equipe, liderança, aprendizado rápido e empatia serão ainda mais valorizadas.

A IA também deve criar novas oportunidades em áreas emergentes. Já há demanda por profissionais focados em ética e regulamentação da IA, além de especialistas que capacitem outros colaboradores. Outras áreas promissoras incluem designers experientes em IA, engenheiros de robótica, gestores de transição tecnológica, técnicos de robôs e profissionais voltados ao envelhecimento da população.

Governos terão um papel essencial na adaptação às IAs, promovendo políticas que ampliem oportunidades de trabalho, educação e adaptabilidade, especialmente para os setores mais vulneráveis. Redes de apoio e proteção social serão fundamentais para que essa evolução aconteça de forma próspera e inclusiva para todos.

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  • Data: 21/01/2025 04:01
  • Alterado:21/01/2025 16:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Elizabeth Mariano Matsumoto









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