Comércio não aguenta mais pagar a conta da pandemia
“Se tiver lockdown, que seja geral”, avalia diretor do Sindilojas-SP
- Data: 08/03/2021 16:03
- Alterado: 08/03/2021 16:03
- Autor: Redação
- Fonte: Sindilojas-SP
Crédito:Reprodução
Com a volta do comércio para a fase vermelha entre os dias 6 e 19 de março, que proíbe o atendimento presencial, os lojistas de shopping centers estão sendo duramente afetados e a previsão é de mais empresas sendo fechadas e o aumento do desemprego no setor, principalmente nas lojas satélites (pequenas empresas).
“Estamos inconformados como lojistas, empresários e principalmente cidadãos” desabafa Thiago Sitta, diretor do Sindilojas-SP e lojista estabelecido em shopping center. “Estamos completamente abandonados pelo Estado. A gente tem as vezes a impressão de que a conta tem vindo só para nós, comerciantes e empresários”, complementa Sitta em referência à sua preocupação com o futuro das empresas estabelecidas em shopping centers.
Para o empresário, fechar as lojas de shoppings não vai diminuir o número de pacientes com Covid-19 e nem aumentar o número de leitos em hospitais. Mas, já que as portas foram cerradas, a lista de reinvindicações para a sobrevivência dessas empresas é longa, passando pelo IPTU até as cobranças de aluguel e condomínio. Para ele, a conta não fecha. “Durante os últimos 12 meses de pandemia tivemos um aumento de IGPM de 25%. Completamente desproporcional com a realidade vivida dos shoppings, que teve queda de 50% nas vendas”, acrescenta o lojista. Outra queixa do diretor do Sindilojas-SP é sobre taxas e impostos cobrados pelos governos, que não tiveram nenhuma redução ou incentivo.
O lojista pede a todos que se unam nesse momento, para lutarem juridicamente e politicamente pelo equilíbrio da balança. É justamente essa a atuação do Sindilojas-SP desde o início da pandemia: negociações com os sindicatos laborais; ações para redução de aluguéis em shoppings; inúmeros pleitos para diminuição de impostos e taxas; sem contar as milhares de horas em consultorias prestadas aos lojistas.
O Sindilojas-SP reafirma que continuará envidando todos os esforços a fim de trazer alternativas viáveis para as empresas que estão impedidas de abrir.