Colégios Adventista se mobilizam com projeto de prevenção ao abuso infantil
Campanha 'Quebrando o Silêncio' ganha destaque com ações educativas para proteger crianças da violência sexual e conscientizar a comunidade escolar
- Data: 09/09/2024 16:09
- Alterado: 09/09/2024 16:09
- Autor: Redação
- Fonte: Colégio Adventista
Alunos do Litoral recebendo a revista Quebrando o Silêncio
Crédito:Divulgação
As unidades do Colégio Adventista do ABCDM e do Litoral intensificaram suas ações educativas como parte da campanha ‘Quebrando o Silêncio’. O projeto, que visa a prevenção do abuso e da violência doméstica, tem foco especial na proteção das crianças contra a violência sexual, despertando a comunidade para essa questão.
A campanha é uma iniciativa anual da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que, neste ano, reuniu mais de 20 mil pessoas em São Paulo. O ato na Paulista, que fechou um trecho da avenida entre o Masp e o edifício Cásper Líbero, foi apenas uma das várias manifestações que ocorreram em diversas cidades do Brasil. Crianças e adolescentes, muitos deles estudantes da rede adventista, marcharam segurando cartazes em forma de mãos abertas, com mensagens como “Diga não à violência. Disque 100 e 180”.
Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os números de abusos são alarmantes: em 2023, foram registrados 84 mil estupros no país, sendo que a maioria das vítimas tinha até 13 anos.
Nas unidades do Grande ABC e no Litoral, a campanha ganhou um caráter ainda mais profundo. Marizane Piergentille, pedagoga e diretora de educação do Colégio Adventista da região, destaca a importância de ações contínuas dentro do ambiente escolar. “A escola é um espaço de formação acadêmica, mas também de valores e cidadania. Nossa responsabilidade é preparar as crianças e os jovens para reconhecerem os sinais de abuso e saberem como buscar ajuda. Proteger nossas crianças é um dever de toda a comunidade”, afirma Piergentille.
O trabalho nas escolas envolve conversas e debates que visam conscientizar os alunos sobre os diferentes tipos de violência e, principalmente, sobre como identificar e se protegerem. A interação com as famílias também é uma prioridade, com orientações sendo repassadas aos pais e responsáveis, incentivando o diálogo aberto sobre temas que, muitas vezes, são considerados tabu.
“A violência sexual infantil é uma realidade que não pode ser ignorada. Nós, como educadores, temos um papel extremamente importante na prevenção e na conscientização. Acreditamos que, ao educar e informar nossas crianças, estamos emponderando para que possam se proteger e, ao mesmo tempo, construindo uma sociedade mais justa e segura”, conclui a diretora.