Circuito Brasileiro: Campeã olímpica Mari estreia no vôlei de praia com Duda

Migrando da quadra para a praia, campeã de 2008 formará parceria temporária com Duda, enquanto Ágatha será poupada

  • Data: 18/11/2019 12:11
  • Alterado: 18/11/2019 12:11
  • Autor: Redação
  • Fonte: CBV
Circuito Brasileiro: Campeã olímpica Mari estreia no vôlei de praia com Duda

Mari em ação pela seleção brasileira de quadra

Crédito:divulgação

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A torcida se acostumou a vê-la brilhando nas quadras, mas nesta semana será nas areias que a campeã olímpica Mari (SP) entrará em ação. A paranaense, federada por São Paulo, disputará a etapa de Ribeirão Preto (SP) do Circuito Brasileiro Open de vôlei de praia a partir de quarta-feira (20.11), em seu primeiro compromisso na nova modalidade. A estreia, porém, será com uma parceria temporária ao lado de Duda (SE).

As disputas acontecem na arena montada no estacionamento do Ribeirão Shopping, de quarta-feira (20.11) a domingo (24.11). A entrada é feita mediante doação de um quilo de alimento não perecível, que será doado para instituições de caridade. As partidas contam com transmissão ao vivo pelo site voleidepraiatv.cbv.com.br, Facebook da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e das finais exclusivamente pelos canais SporTV.

Mari anunciou recentemente a formação da dupla com Paula Pequeno para o vôlei de praia, mas um convite inesperado acelerou a primeira participação nas areias. A comissão técnica do time Ágatha/Duda a chamou para a etapa, já que resolveu preservar Ágatha por conta do planejamento físico visando os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Após Ribeirão, Mari volta aos trabalhos ao lado de Paula, e Duda retomara as disputas com Ágatha.

Mari comentou a expectativa para a primeira participação no vôlei de praia brasileiro e disse que está buscando absorver o máximo de informação de Duda, eleita melhor jogadora do mundo em 2018 e garantida na próxima edição dos Jogos Olímpicos.

“Aceitei o convite por ser um aprendizado muito grande. A ideia seria começar a disputar os torneios no meio de 2020, mas conversei com a Paula e minha comissão técnica, achamos que era uma oportunidade para absorver conhecimento, informação. Não vamos chegar em Ribeirão Preto pensando em resultado, sei que estou só no começo do processo, mas estou feliz em poder trocar essa experiência, participar dos treinamentos com a Duda e aprender coisas novas”, disse Mari, que completou.

“Ela comanda o treinamento, é muito talentosa e está sendo muito bacana. É uma menina calma, tranquila, mas ao mesmo tempo extremamente interessada, concentrada, com raciocínio rápido. Pedi justamente para que ela ficasse falando bastante, que fosse dando dicas, ajustando meu posicionamento. É tudo diferente. Até mesmo o ataque não é igual. A passada, tempo da bola, tudo muda. Estou trabalhando para me adaptar aos fundamentos”.

Como Mari não possui pontos no ranking de entradas, a dupla disputará o classificatório na quarta-feira (20.11), buscando uma das oito vagas à fase de grupos em partidas eliminatórias. O horário e adversárias da estreia serão definidas na véspera, após o congresso técnico.

Duda comentou a experiência de ter uma campeã olímpica ao lado. Ambas apareceram extremamente jovens para o cenário internacional. Assim como Mari, Duda também terá 21 anos na disputa de sua primeira olimpíada.

“Nosso técnico, Marco Char, conversou comigo e sugeriu que eu disputasse a etapa com uma parceira temporária, já que a Ágatha seria poupada pela parte física. Surgiu essa oportunidade. Perguntamos se ela gostaria de treinar comigo por alguns dias, e se desce certo, se ela gostaria de disputar o torneio em Ribeirão Preto. Assisti muitas vezes a Mari pela televisão e ter a oportunidade de jogar ao lado de uma campeã olímpica é muito especial”, disse Duda.

“Tento dar algumas dicas, o Marco também, pois é um esporte totalmente diferente do que ela vivia. Ela precisa realizar todos os movimentos, passe, levantamento, bloqueio, ataque. A área de deslocamento é maior. Fomos conversando sobre qual a marcação ideal no ataque adversário, qual a minha melhor bola, qual melhor bola ela gosta de atacar. Está sendo um desafio muito legal”, completou.

A competição ocorre com 24 duplas em cada gênero. Os 16 times mais bem colocados no ranking de entradas já estão garantidos na fase de grupos, que só começa a partir de quinta-feira (feminino) e sexta-feira (masculino) , enquanto outras oito vagas permanecem ‘abertas’ para duplas que estão fora do ranking, e serão decididas no torneio classificatório, realizado na quarta (feminino) e quinta (masculino).

Os oito times que avançarem no classificatório, junto dos 16 times garantidos pelo ranking de entradas, totalizam as 24 equipes, que são divididas em seis grupos de quatro e jogam entre si na fase de grupos. Os dois melhores times de cada chave e os quatro melhores terceiros colocados avançam às oitavas de final. A competição segue no formato eliminatório tradicional, com quartas de final, semifinais e disputas de bronze e ouro.

As 16 duplas já garantidas no naipe feminino, pelo ranking de entradas, são Fernanda Berti/Bárbara Seixas (RJ), Talita/Taiana (AL/CE), Tainá/Victoria (SE/MS), Elize Maia/Maria Elisa (ES/RJ), Carol Horta/Ângela (CE/DF), Juliana/Josi (CE/SC), Vivian/Vitoria (PA/RJ), Neide/Andrezza (AL/AM), Val/Érica Freitas (RJ/MG), Andressa/Diana (PB/RJ), Rafaela/Jéssica (PA), Juliana Simões/Aline Lebioda (PR/SC), Izabel/Thati (PA/PB), Thamela/Ingridh (ES/PR) e Solange/Teresa (DF/CE).

Já no naipe masculino, os 16 times do ranking de entradas são Alison/Álvaro Filho (ES/PB), Ricardo/Vitor Felipe (BA/PB), Evandro/Bruno Schmidt (RJ/DF), André Stein/George (ES/PB), Saymon/Arthur Lanci (MS/PR), Thiago/Guto (SC/RJ), Oscar/Pedro Solberg (RJ), Hevaldo/Vinícius (CE/ES), Luciano/Fernandão (ES), Bernardo Lima/Ramon Gomes (CE/RJ), Harley/Moisés (DF/BA), Eduardo Davi/Matheus Maia (PR/RJ), Jô/Bruno de Paula (PB/AM), Marcus/Averaldo (RJ/TO), Lázaro/Matheus (GO/SE) e Adrielson/Arthur (PR/MS).

Ribeirão Preto (SP) recebeu etapas do Circuito Brasileiro em duas oportunidades. A primeira, em 1995, teve como vencedores Zé Marco/Emanuel (PB/PR) e Karina/Renata (RJ). Depois, em 2004, Ricardo/Emanuel (BA/PR) e Sandra/Ana Paula (RJ/MG) foram as vencedoras.  A cidade também recebeu uma etapa de outro torneio, o Circuito Challenger, em 2014, com títulos para Duda/Carolina Horta (SE/CE) e Lipe/Beto Pitta (CE/RJ).

A estreia do tour aconteceu em Vila Velha (ES), em setembro, com ouro para Ágatha/Duda (PR/SE) e André Stein/George (ES/PB). Em Cuiabá, no mês passado, os títulos ficaram com Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE) e Alison/Álvaro Filho (ES/PB).

Além das duplas campeãs de cada etapa, também existem os campeões gerais da temporada, somando a pontuação obtida nos sete eventos. Cada etapa do Circuito Brasileiro distribui R$ 46 mil às duplas campeãs dos dois naipes, e todos os times na fase de grupos são premiados. Ao todo, são distribuídos mais de R$ 500 mil por etapa.

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro

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Crédito:divulgação Mari em ação pela seleção brasileira de quadra

  • Data: 18/11/2019 12:11
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