Cinco motivos para manter a vacinação em dia em todas as fases da vida
Imunização previne de 3,5 a 5 milhões de mortes todos os anos. Cuidado com a imunidade deve acontecer de forma permanente e em todas as faixas etárias
- Data: 16/10/2024 11:10
- Alterado: 16/10/2024 11:10
- Autor: Redação
- Fonte: Grupo Sabin
Crédito:Paulo Pinto - Agência Brasil
Desenvolvidas há mais de 200 anos, as vacinas são responsáveis por grandes avanços na erradicação, eliminação e controle de doenças, ajudando a diminuir as mortalidades, morbidades, hospitalizações e evitar sequelas mundo afora. No Dia Nacional da Vacinação (17 de outubro), Marcelo Cordeiro, infectologista do Sabin Diagnóstico e Saúde, defende a importância de atualizar os esquemas vacinais e doses de reforço, estimulando o sistema imune a reconhecer a presença de agentes infecciosos.
Segundo o especialista, a inversão da pirâmide etária, as epidemias e surtos, sobretudo relacionados às infecções respiratórias e às arboviroses, demandam diagnóstico rápido, de qualidade e mais preciso. “Com isso, as vacinas ganharam um maior protagonismo nas ações de prevenção na jornada de cuidados da saúde em todas as idades”, esclarece Cordeiro, descrevendo a imunização como uma estratégia indispensável para a saúde individual e coletiva.
Confira 5 motivos para manter o esquema vacinal em dia:
- 154 milhões de vidas salvas
Considerada uma das mais importantes intervenções em saúde, a vacina é grande aliada do combate e controle de doenças em todo o mundo. Parte significativa da responsabilidade pelo aumento da expectativa de vida da população mundial no último século é da vacina. A partir da estimulação do sistema imunológico à produção de anticorpos, ela garante imunidade e proteção contra a agressão de vírus e bactérias ao nosso organismo.
Estudo publicado pela The Lancet em abril deste ano aponta que os esforços globais de imunização salvaram 154 milhões de vidas – ou o equivalente a seis vidas a cada minuto – nos últimos 50 anos. A grande maioria das pessoas salvas, 101 milhões, eram crianças. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as principais doenças que podem ser evitadas com vacinas são: difteria, tétano, coqueluche, influenza, sarampo, meningite, poliomielite, caxumba, febre amarela e hepatite B.
- Ciência em constante evolução
A produção de novas vacinas e evidências clínicas comprovam sua eficácia ao longo dos ciclos da vida — lactente, criança, adolescente, adulto, idoso — se estendendo à vacinação da mulher, do homem, do viajante, na saúde ocupacional, entre outros públicos específicos. Segundo o infectologista do Sabin, devido às mutações genéticas, pode ser necessário atualizar a composição da maioria das vacinas anualmente com as principais cepas circulantes. Porém, há infecções como a da febre amarela, para a qual há consenso científico de que uma única dose é capaz de proteger pela vida toda.[LR1] [SD2]
“Para garantir a cobertura dos imunizantes, é fundamental o cumprimento dos esquemas vacinais e a atualização das doses de reforço, que têm a capacidade de estimular e relembrar o sistema imune para reconhecer a presença de agentes infecciosos”, destaca Marcelo Cordeiro. No caso da gripe, por exemplo, a composição da vacina é atualizada todos os anos com os vírus circulantes, para garantir sua efetividade e eficácia.
3. Imunização e longevidade
Tão importante quanto vacinar as crianças é manter este cuidado ao longo de todos os ciclos da vida. “A vacinação deve ser realizada não apenas durante a infância, mas em todas as fases da vida. Há vacinas importantes para cada faixa etária. Além disso, é importante atentar para a quantidade de doses e os intervalos recomendados entre cada aplicação. Interromper o esquema vacinal deixa o organismo suscetível e desprotegido”. Com esforço conjunto da sociedade, as vacinas podem continuar garantindo mais saúde e longevidade para a população.
4. Cuidado individual e coletivo
“A população também deve estar atenta aos cuidados que impactam diretamente a vida dos pacientes, de seus familiares e da coletividade. Essa atenção à imunização contribui também para reduzir a pressão sobre o sistema de saúde. Todos saem ganhando”.
5. Vacinas são seguras e passam por rigoroso processo de licenciamento
Antes de uma vacina ser aprovada, passa por vários protocolos de pesquisa (ensaios clínicos), com controles rigorosos em diferentes fases. Esses ensaios envolvem milhares de participantes e são projetados para avaliar a segurança e eficácia da vacina. Nesse processo, os pesquisadores monitoram de perto os participantes em relação a quaisquer efeitos colaterais ou reações adversas. Somente se uma vacina for considerada segura e eficaz, ela poderá avançar para a aprovação regulatória.[LR3]