Ciclo de Cultura Tradicional chega em Guaratinguetá com estreia de documentário

Segundo encontro destaca o Jongo como manifestação cultural afro-brasileira atravessando gerações

  • Data: 21/10/2022 21:10
  • Alterado: 15/08/2023 20:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: POIESIS
Ciclo de Cultura Tradicional chega em Guaratinguetá com estreia de documentário

Público poderá conferir a estreia do curta-metragem Jongueiros do Amanhã

Crédito:frame de Jongueiros do Amanhã - divulgação

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Após abrir a edição de 2022 em Franca (SP) focada na tradição da Congada, o Ciclo de Cultura Tradicional (CCT) passará por Guaratinguetá, cidade localizada no Vale do Paraíba. No dia 22 de outubro, sábado, a partir das 18h, o público poderá conhecer aspectos do Jongo, expressão cultural afro-brasileira, por meio de cortejos de grupos da região, estreia de documentário e debate. As atividades ocupam a quadra da APAE Guaratinguetá, localizada na Rua Fernão Dias, 100, Vila Paraíba. Toda a programação é gratuita, acessível em Libras e não é necessária inscrição para assistir e participar das conversas.

O Ciclo segue até dezembro com diversos debates e documentários inéditos sobre os fluxos da cultura tradicional, entre eles, das comunidades afro-brasileiras, caiçaras, indígenas e nipo-brasileiras. Os próximos encontros circulam pelas cidades de Bauru (12/11), São Sebastião (19/11) e Mongaguá (26/11). O encerramento da edição, no dia 1º de dezembro, será transmitido pelo YouTube de Oficinas Culturais, programa que realiza o CCT por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado  de São Paulo e da Poiesis, Organização Social de Cultura.

Além de fazer parte de Oficinas Culturais, programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerenciado pela Poiesis, o CCT 2022 é correalizado pelas Prefeituras Municipais de Bauru, Guaratinguetá, Mongaguá, de São Sebastião e espaços parceiros.

Realizado desde 2014, o Ciclo de Cultura Tradicional incentiva reflexões sobre a importância da preservação e da divulgação das tradições caipiras, caiçaras, indígenas, afro-brasileiras, de comunidades migrantes e imigrantes. A partir da troca de saberes entre mestres, pesquisadores, agentes culturais e público, a programação se renova ao questionar o lugar que a cultura tradicional ocupa no contexto contemporâneo.

Desde 2020 a iniciativa do programa Oficinas Culturais convida realizadores do audiovisual do interior e litoral de São Paulo – que retratam a resistência das comunidades e territórios – para desenvolverem curtas sobre as conexões entre passado, presente e futuro das diversas tradições. Além das estreias dos documentários comentadas pelos diretores e convidados, grupos apresentam manifestações populares praticadas nos territórios onde vivem.

A seguir, a agenda que será apresentada em Guaratinguetá, na quadra da APAE Guaratinguetá, localizada na Rua Fernão Dias, 100, Vila Paraíba, com foco nas manifestações afro-brasileiras.

22/10, sábado

Acessível em Libras

Classificação indicativa: livre

Grátis

18h

O cortejo cênico da Congada e Moçambique Vermelho e Branco de São Benedito, grupo cultural e religioso atuante na cidade, abre o evento com canto, teatro e dança desse folguedo tradicional que também tem influência da religiosidade de matriz africana e cristã.

18h30

Direção: Pedro Japa | BRA | 2022 | Doc | 21 min

A estreia do curta-metragem documental Jongueiros do Amanhã, mostrará a importância da preservação do Jongo, folguedo tradicional afro-brasileiro praticado pela comunidade do Tamandaré, região de Guaratinguetá. O documentário destaca o peso do ritmo no bairro que atrai pessoas de diversas regiões e estados para acompanhar suas festividades, bem como a preocupação de manter viva essa tradição diante dos avanços tecnológicos e desafios geracionais.

Após a exibição, Antonio Filogenio de Paula Junior, percussionista e membro do grupo de Batuque de Umbigada, mediará uma conversa entre Pedro Japa, fotógrafo e cineasta diretor do curta, Alessandra Ribeiro, liderança da Comunidade Jongo Dito Ribeiro, e Jociara Souza, integrante do Grupo de Lideranças Jongueiras Paulistas e do Grupo de Liderança do Coletivo de Jongueiros do Sudeste.

20h

O público também poderá interagir com a apresentação do grupo Jongo do Tamandaré, rica em tambores, canto, dança e poesia. Os integrantes praticam essa expressão cultural forte entre as comunidades afrodescendentes do sudeste brasileiro, herança dos africanos de origem Banto, povos vindos de países como Angola e Congo que muitas vezes foram inseridos como escravos em trabalhos nas lavouras do Vale do Paraíba.

Saiba mais sobre os convidados:

Alessandra Ribeiro é neta de Benedito Ribeiro e liderança da Comunidade Jongo Dito Ribeiro. Responsável pela recuperação da memória do jongo em Campinas (SP), já participou de diversas palestras, debates e apresentações em países como Moçambique e Peru. É Mãe de Santo Umbandista, historiadora e doutora urbanista pela PUC, coordenadora de pós-graduação em Matriz Africana e coordenadora geral da Casa de Cultura Fazenda Roseira.

Antonio Filogenio de Paula Junior é membro do grupo de Batuque de Umbigada, tradição cultural de matriz Banto que ocorre no médio Tietê, região no interior paulista, além de atuar como percussionista, professor, filósofo e doutor em Educação.

Congada e Moçambique Vermelho e Branco de São Benedito é um grupo sediado em Guaratinguetá e formado por 40 integrantes. Fundado em 2006, pelo casal Oscar José da Cruz e Maria Luísa, o grupo cultural e religioso mantém a música e a dança desse folguedo tradicional em circulação.

Jociara Souza é filha do mestre jongueiro Tio Juca e de família cuja dança está presente há mais de 200 anos. Ela desenvolve trabalhos de promoção e salvaguarda do jongo em Indaiatuba (SP), é pedagoga com especialização em Educação Especial e comanda o grupo Filhos da Semente, firmando o legado do grupo Sementes da África (RJ). Desde 2013, integra o Grupo de Lideranças Jongueiras Paulistas e o Grupo de Liderança do Coletivo de Jongueiros do Sudeste.

Jongo do Tamandaré, enraizado no bairro homônimo de Guaratinguetá, preserva a tradição de herança africana de origem Banto. O grupo, composto por 40 pessoas de diversas idades, realiza anualmente as festas de Santo Antônio, São João e São Pedro, além da tradicional apresentação da comunidade jongueira em 13 de maio.

Pedro Japa, fotógrafo e cinegrafista, é graduado em Produção Audiovisual e cursa MBA em Direção de Arte para Propaganda, TV e Vídeo.

Para acessar a programação na íntegra clique aqui.

SERVIÇO:

A seguir, a agenda dos próximos encontros do Ciclo de Cultura Tradicional 2022:

Acessível em Libras

Livre | Grátis

22/10 | Guaratinguetá

Local: Quadra da APAE Guaratinguetá

Rua Fernão Dias, 100, Vila Paraíba

18h | Apresentação

CONGADA E MOÇAMBIQUE VERMELHO E BRANCO DE SÃO BENEDITO

18h30 | Filme

JONGUEIROS DO AMANHÃ

Direção: Pedro Japa | BRA | 2022 | Doc | 15 min

20h | Apresentação

JONGO DO TAMANDARÉ

12/11  | Bauru

Parque Vitória Régia

Av. Nações Unidas, 105, Jardim Brasil

18h | Apresentação

TAIKO: MUGUENKYO BAURU WADAIKO

18h30 | Filme

KARAOKÊ – SOLTE SUA VOZ

Direção: Elica Ito | BRA | 2022 | Doc | 15 min

20h | Apresentação

KAROKÊ – CLUBE CULTURAL NIPO BRASILEIRO DE BAURU

19/11 em São Sebastião e 26/11 na cidade de Mongaguá

A programação será divulgada em breve no site de Oficinas Culturais

01/12 | VIRTUAL

Assista em: canal de YouTube do programa Oficinas Culturais

Acessível em Libras

Classificação indicativa: livre

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  • Data: 21/10/2022 09:10
  • Alterado:15/08/2023 20:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: POIESIS









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