Chefe da LaLiga diz que explicações do presidente do Barcelona não convenceram
Presidente da liga espanhola, Javier Tebas, declara que os outros clubes do Campeonato Espanhol não consideraram suficientes e compreensíveis as informações do Barça sobre os pagamentos
- Data: 19/04/2023 16:04
- Alterado: 01/09/2023 17:09
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
O presidente da LaLiga, Javier Tebas, criticou nesta quarta-feira as explicações apresentadas pelo mandatário do Barcelona, Joan Laporta, sobre o chamado Caso Negreira durante reunião com a entidade e os demais clubes do Campeonato Espanhol. De acordo com Tebas, Laporta “não convenceu” os participantes do encontro.
“Ele não esclareceu nada e as questões seguem abertas”, declarou Tebas, ao fim da reunião. “Ficou claro que ele não convenceu em suas explicações e que o assunto seguirá a ser abordado em ambiente adequado”, afirmou o principal responsável pela organização do Campeonato Espanhol.
De acordo com Tebas, os questionamentos acerca do caso seguem os mesmos. “Ele passou 20 minutos dando suas explicações, que são um pouco um resumo do que pudemos ouvir em sua coletiva de imprensa e depois tivemos as intervenções de alguns clubes e também as minhas. Cada um avaliou a situação. Laporta disse que os pagamentos não tiveram como objetivo comprar árbitros ou influenciar (os resultados). Os clubes disseram que isso não era normal, que não era usual e que esses pagamentos não são corretos e que devem ser investigados.”
As explicações que os clubes espanhóis aguardavam se referiam ao pagamento de 7,3 milhões de euros do Barcelona ao ex-vice-presidente da Comissão de Arbitragem da Espanha, José María Enríquez Negreira, entre 2001 e 2018. O clube catalão não nega os pagamentos e diz que se tratam de consultoria. O caso é investigação pelo Ministério Público da Espanha.
O presidente do Barcelona declarou na segunda-feira, em entrevista coletiva, que o clube realizou investigação interna e concluiu que “não foram identificadas condutas de natureza criminosa associadas à corrupção desportiva, nem existem fundamentos para investigar qualquer forma de atividade criminosa associada ao suborno”. Acrescentou, ainda, que existe “documentação oficial sobre as faturas e pagamentos” dos serviços de “prospecção e aconselhamento sobre árbitros, que são práticas comuns no setor do desporto profissional”.