Cerca de 1,2 mil médicos, enfermeiros e agentes comunitários são capacitados para o Projeto Endometriose Brasil

Cerca de 1,2 mil médicos, enfermeiros e agente comunitários do SUS são capacitados no Projeto Endometriose Brasil. A parceria entre o Ministério da Saúde e a Beneficência Portuguesa de São Paulo, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional (Proadi-SUS), tem o objetivo de inserir melhorias nos processos de triagem, diagnóstico e tratamento dos casos de endometriose, que têm impacto negativo na vida das pacientes por causarem dores intensas.

Até o momento, 89 cirurgiões e 19 radiologistas da atenção hospitalar receberam treinamento. Nos cursos à distância voltados para a atenção primária foram 1,1 mil médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde (ACS) qualificados. 

“O projeto fortalece a linha de cuidado de uma das doenças ginecológicas mais comuns no Brasil, e, ainda assim, tão invisibilizada”, explica Débora Beltrammi, assessora técnica da Coordenação de Atenção à Saúde da Mulher. “Neste Dia Internacional da Luta contra a Endometriose (7), queremos reforçar a mensagem: todos os profissionais de saúde podem contribuir para a saúde e a qualidade de vida de milhares de mulheres atendidas na rede pública no País”, convida. 

Inscreva-se

O Projeto Endometriose Brasil disponibiliza atualmente três cursos online e gratuitos para profissionais de saúde da atenção primária de diferentes perfis:

• Curso de Qualificação: Enfermeiros das unidades básicas de saúde
• Curso de Qualificação: Médicos das unidades básicas de saúde
• Curso de Capacitação: Agentes de saúde em Endometriose 

O curso, que tem certificado, visa melhorar a identificação das pacientes que precisam de tratamento, considerando que a endometriose é difícil de ser diagnosticada – como a cólica é um dos principais sintomas, a doença pode ser confundida com uma cólica comum. 

Os três cursos estarão disponíveis até 2026. Saiba mais nesta página. 

Cirurgias

O Projeto Endometriose Brasil promoveu a capacitação de médicos responsáveis pelo diagnóstico da doença a partir de exames de imagem de cinco hospitais de referência das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Eles ficam localizados em Manaus (AM), Cuiabá (MT), São Luís (MA), Fortaleza (CE) e Salvador (BA). Além disso, as equipes cirúrgicas desses cinco hospitais foram treinadas para realizarem o tratamento minimamente invasivo da endometriose, tido como o padrão ouro entre todas as terapias disponíveis. 

Durante o treinamento, foram realizadas 100 cirurgias para endometriose profunda, além do acompanhamento pós-operatório por seis meses para as pacientes. Os médicos e enfermeiros ainda fizeram duas imersões de uma semana cada na Beneficência Portuguesa para conhecer os processos e boas práticas que poderão ser replicados nos hospitais regionais. Ao longo do processo, eles também contaram com uma plataforma interativa online, com videoaulas, e-books, questionários, canal de dúvidas e indicação de literatura com links para artigos.