Casa Paulista: idosos em situação de vulnerabilidade recebem moradia em Boituva

O Programa Casa Paulista entregou nesta quinta-feira (7) um empreendimento do Vida Longa, na cidade de Boituva, Região Administrativa de Sorocaba. O equipamento comunitário de moradia assistida, que possui 28 unidades individuais, é destinado a idosos de menor renda e com laços familiares fragilizados. Ao todo, foram investidos pelo Estado cerca de R$ 5,6 milhões […]

  • Data: 08/11/2024 15:11
  • Alterado: 08/11/2024 15:11
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência SP
Casa Paulista: idosos em situação de vulnerabilidade recebem moradia em Boituva

O Vida Longa é uma iniciativa que tem caráter protetivo e é voltado a idosos com renda de até dois salários mínimos

Crédito:Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação/Governo de SP

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O Programa Casa Paulista entregou nesta quinta-feira (7) um empreendimento do Vida Longa, na cidade de Boituva, Região Administrativa de Sorocaba. O equipamento comunitário de moradia assistida, que possui 28 unidades individuais, é destinado a idosos de menor renda e com laços familiares fragilizados. Ao todo, foram investidos pelo Estado cerca de R$ 5,6 milhões na construção.

Presente na cerimônia, o subsecretário de Desenvolvimento Urbano José Police Neto destacou a importância que o equipamento tem para trazer qualidade de vida e bem-estar aos idosos.

“O Vida Longa é um programa que não dá só orgulho para a gente, mas dá orgulho a todos que são sensíveis e enxergam que precisamos ter vida longa com qualidade, e é isso que se faz aqui. Hoje, quem consegue a fortaleza da casa, alcança a estabilidade para se desenvolver. Agora imagina chegar no período em que você já criou seus filhos, já viu seus netos crescerem, tem muito orgulho do que você trouxe até aqui, mas não tem mais um teto para te proteger?”, refletiu. Police também pontuou que a Habitação é uma das prioridades da atual gestão, sinalizando que a recomendação do governador Tarcísio de Freitas “é não deixar ninguém para trás”.

O Vida Longa é uma iniciativa do programa Casa Paulista que tem caráter protetivo e é voltado a idosos com renda de até dois salários mínimos, que vivem preferencialmente sozinhos, em situação de vulnerabilidade social. No condomínio, as moradias têm cozinha, sala de estar e dormitório conjugados, banheiro, lavanderia e área útil de 28 m2 e, além disso, já são entregues com toda a mobília e eletrodomésticos.

Um dos contemplados com o programa, o aposentado Manoel Maurício Barbosa, de 71 anos, não conteve as lágrimas ao falar da nova moradia. “Desde o dia em que eu vim conhecer, eu durmo sempre pensando na virada de vida que essa moradia vai me proporcionar”, relatou ele, que pagou aluguel durante oito anos. “Pagar aluguel é um martírio porque a hora que você paga, você já está devendo. Então, quando paramos de pagar, como hoje eu estou me livrando, é uma alegria. Vai me sobrar mais dinheiro para muita coisa e eu vou poder viajar”, comemorou.

Ao receber as chaves do novo lar, Manoel disse se sentir “um super-homem” e, ainda, estar feliz por agora fazer parte de uma nova comunidade que vai ser criada ao lado dos novos vizinhos. “Eu não esperava que nesta idade fosse agraciado com essa obra. Isso para mim é tudo, é tamanha felicidade. É um passo rumo ao futuro. Eu não sei distinguir tamanha felicidade, porque isso para mim é algo se tornando real e saindo do imaginário. Isso é muito bonito. Você não tem como viver só, tem que viver em parceria, em troca de experiência. Nós a partir de agora seremos uma comunidade, e eu estou muito feliz”, disse.

Quem também comemorou a nova casa foi José Francisco Henrique, de 63 anos. “Para mim hoje ter o meu cantinho significa saber que eu vou dormir sabendo que eu tenho o meu lar e isso é muito importante”, celebrou. O aposentado pagou aluguel durante 30 anos e, após ser afastado do trabalho por questões de saúde, chegou a ficar um período na rua. “Fiquei na rua durante uns 20 dias e me cobria com folha porque não tinha nem coberta. Passei fome e frio, mas estou vivo e, graças a Deus, eu tenho um lar. Hoje é um dia de grande alegria para minha vida, um dia em que eu nasci novamente”, disse emocionado.

Também presente na entrega, o diretor de Engenharia e Obras da CDHU, Silvio Vasconcellos, relatou que a construção do Vida Longa foi acelerada para que os contemplados fossem rapidamente atendidos. Além disso, ele também pontou que a responsabilidade da Companhia com a segurança dos idosos é demonstrada na qualidade do projeto entregue. “Não são só casas, são empreendimentos pensados e projetados a cada detalhe para o bem-estar de uma pessoa idosa. Além de todos os itens de segurança internos, este empreendimento é moderno e ecologicamente correto, com jardins de chuva e com placas fotovoltaicas, que geram energia elétrica para diminuir a conta. O conjunto é cheio de detalhes para dar dignidade à vida do idoso, então é uma honra vir aqui fazer essa entrega”, celebrou.

Segurança e acessibilidade

Os imóveis seguem os parâmetros de acessibilidade do Desenho Universal, que estabelecem um conceito arquitetônico adaptável para permitir facilidade no uso da moradia por qualquer pessoa com dificuldade de locomoção, temporária ou permanente. Cada unidade do Residencial Vida Longa conta com itens de segurança e acessibilidade, como barras de apoio, pias e louças sanitárias com altura adequada, portas e corredores amplos, interruptores posicionados estrategicamente, alarmes de emergência sonoros e luminosos, além de pisos antiderrapantes. As áreas comuns também foram projetadas para garantir acessibilidade, proporcionando conforto e segurança aos moradores.

Para promover a socialização, o residencial ainda oferece espaços de convivência e lazer, incluindo salão com refeitório e área para assistir televisão, churrasqueira, forno à lenha, aparelhos para atividades físicas, bancos de jardim, horta elevada e paisagismo.

A iniciativa é uma ação conjunta entre a Secretaria de Estado da Habitação, a CDHU e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, em parceria com municípios paulistas. As cidades participantes indicam os beneficiários, doam terrenos para a construção dos residenciais e assumem a gestão e manutenção dos empreendimentos após a conclusão.

O investimento é a fundo perdido, e os moradores não arcam com taxas de ocupação, nem contas de água e luz. Como trata-se de um equipamento público, os beneficiários não possuem a propriedade dos imóveis.

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  • Data: 08/11/2024 03:11
  • Alterado:08/11/2024 15:11
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência SP









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