Carlos Miranda, o “Vigilante Rodoviário”, morre aos 91 anos em São Paulo
Ator e policial, ícone da TV brasileira, será velado na Alesp e sepultado no Cemitério do Araçá
- Data: 17/02/2025 14:02
- Alterado: 17/02/2025 14:02
- Autor: Redação
- Fonte: Polícia Militar
O tenente-coronel Carlos Miranda, amplamente reconhecido como o ‘Vigilante Rodoviário’, faleceu na manhã desta segunda-feira, 17 de fevereiro, aos 91 anos. O ator e oficial da Polícia Militar faleceu em São João da Boa Vista, no interior paulista.
A notícia de sua morte foi divulgada nas redes sociais pelo Policiamento Rodoviário da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que expressou profunda tristeza pela perda. O velório de Carlos Miranda será realizado nesta mesma segunda-feira na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a partir das 15h30, com acesso aberto ao público. O sepultamento ocorrerá no dia seguinte, terça-feira, 18 de fevereiro, às 10h, no Mausoléu da Polícia Militar, localizado no Cemitério do Araçá.
O pioneiro da televisão latino-americana
Nascido em São Paulo no dia 29 de julho de 1933, Carlos Miranda se destacou como ator no primeiro seriado produzido para a televisão em toda a América Latina. Antes de sua consagração na telinha, ele iniciou sua carreira artística aos 15 anos como cantor em circos e parques de diversões. Posteriormente, envolveu-se com o teatro e se profissionalizou como ator.
O seriado “O Vigilante Rodoviário” estreou em março de 1961 na Rede Tupi e rapidamente se tornou um fenômeno de audiência, liderando as classificações nos primeiros meses de exibição. A série foi adaptada para um filme que reuniu quatro episódios iniciais e posteriormente mais quatro.
Devido ao orçamento limitado da produção, foram convocados para o longa-metragem vários atores em início de carreira, incluindo nomes como Fulvio Stefanini, Rosamaria Murtinho e Stenio Garcia, entre outros.
Do sucesso na TV à dedicação à Polícia Militar
Além de seu trabalho artístico, Carlos Miranda também tinha um forte vínculo com a profissão policial. Ele se formou na escola de Policiais Rodoviários em Jundiaí e, ao término da série em 1962, recebeu um convite do então Comandante Geral da Força Pública, General João Franco Pontes, para integrar a polícia. Após uma carreira de 25 anos na corporação, na qual completou todos os cursos disponíveis, ele se aposentou em 1998 com o posto de Tenente Coronel PM RES.
Em 2017, foi inaugurado um acervo no Comando de Policiamento Rodoviário que homenageia o legado do “Vigilante Rodoviário” e preserva parte significativa de sua história.
O legado da série “O Vigilante Rodoviário”
A série “O Vigilante Rodoviário” foi um marco na história da televisão brasileira, sendo a primeira produção seriada do gênero na América Latina. Exibida pela TV Tupi entre 1961 e 1962, a trama acompanhava as aventuras do vigilante Carlos e seu fiel cão Lobo, que, a bordo de um Simca Chambord e uma motocicleta Harley-Davidson, patrulhavam as estradas brasileiras combatendo crimes e ajudando a manter a ordem. A produção conquistou o público com seu caráter educativo e sua mensagem de cidadania, além de ter se consolidado como um clássico da teledramaturgia nacional.
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