Carcereiros encontram buraco em cela e frustram possível tentativa de fuga de cadeia em SP
Caso aconteceu na noite da última sexta (5) no Centro de Detenção Provisória 2 de Osasco
- Data: 09/01/2024 12:01
- Alterado: 09/01/2024 12:01
- Autor: Paulo Eduardo Dias e Leonardo Zvarick
- Fonte: Folhapress
CDP Osasco
Crédito:Reprodução/Google Street View
Policiais penais que atuam no CDP (Centro de Detenção Provisória) 2 de Osasco, na Grande São Paulo, encontraram um buraco no teto de uma das celas, na noite da última sexta (5). Cerca de 30 presos estavam no local, segundo agentes penitenciários.
De acordo com o Sifuspesp (sindicato dos funcionários do sistema prisional), um agente realizava uma inspeção noturna quando notou um rasgo na manta térmica que reveste o teto da cela. Segundo os servidores, o buraco tinha dimensões de cerca de 30 cm.
Procurada, a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) confirmou a informação. Em nota, a pasta afirmou que policiais penais impediram que o buraco pudesse ser utilizado em uma possível fuga.
Ainda de acordo com o Sifuspesp, durante a inspeção foram encontrados ganchos de metal e cordas improvisadas. Segundo a SAP, a corda foi produzida com lençóis, e os pedaços de ferro foram retirados da estrutura interna da cela.
A pasta afirma que abriu um procedimento para apurar os fatos e que um boletim de ocorrência foi registrado em uma delegacia da região.
A SSP (Secretaria da Segurança Pública) afirmou, em nota, que o caso foi registrado como tentativa de fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança no 5° DP de Osasco, onde é investigado.
Horas após o buraco ter sido encontrado, uma briga entre dois presos durante a visita de domingo (7) resultou em uma confusão generalizada na unidade.
Segundo informações do boletim de ocorrência, agentes de escolta e vigilância dispararam quatro tiros de armas de fogo em direção à parte externa do pavilhão na tentativa de colocar fim à confusão. Os dois homens que iniciaram a briga ficaram feridos e receberam atendimento na enfermaria da unidade. Depois, foram encaminhados para o Regime de Cela Disciplinar, uma forma de castigo.
Segundo a SAP, os agentes efetuaram quatro disparos “sem mirar em ninguém”.