Câmara defende proibição de pessoas condenadas pela Lei Maria da Penha de assumirem cargos públicos em São Caetano

O projeto também prevê a proibição de que assumam cargos públicos na cidade condenados por crimes contra vulneráveis

  • Data: 10/04/2024 07:04
  • Alterado: 10/04/2024 07:04
  • Autor: Redação
  • Fonte: Câmara Municipal de São Caetano do Sul
Câmara defende proibição de pessoas condenadas pela Lei Maria da Penha de assumirem cargos públicos em São Caetano

Câmara defende proibição de pessoas condenadas pela Lei Maria da Penha de assumirem cargos públicos em São Caetano

Crédito:Divulgação

Você está em:

A Câmara de São Caetano do Sul derrubou na tarde desta terça-feira, 9, o parecer de inconstitucionalidade, emitido pela Comissão de Justiça e Redação da Casa, do projeto de lei que veda a nomeação, pela administração pública direta e indireta de São Caetano do Sul, de pessoas condenadas pela Lei Maria da Penha. O projeto também prevê a proibição de que assumam cargos públicos na cidade condenados por abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes, e por crimes contra vulneráveis.

Após a derrubada do parecer, a matéria, de autoria do vereador César Oliva (PSD), e assinado por outros vereadores da Casa, continua sua tramitação na Casa, seguindo agora para a emissão de parecer da Comissão de Finanças e Orçamento, antes de descer novamente para o plenário para a sua votação em primeiro turno.

“É indiscutível o mérito do projeto, como também é indiscutível tantos outros méritos que aqui se apresentaram. A discussão sempre foi pautada na técnica, na jurídica. A partir deste momento abriu-se um precedente onde o mérito está se sobrepondo a um parecer jurídico”, pontuou o presidente do Legislativo sul-caetanense, vereador Professor Pio Mielo (PSD), ao analisar a votação dos vereadores que permitiu a derrubada do parecer da propositura.

O vereador e líder do Governo Gilberto Costa (PP) encaminhou a votação pela derrubada do parecer de inconstitucionalidade por entender a importância da matéria. “Nós temos a indicação de fazer a votação acompanhando o parecer da Comissão. Mas percebemos, nesse projeto, que ele teve a assinatura de dez parlamentares, dez vereadores. Mais que 50% da nossa Casa, que é composta por 19 (vereadores). Nós também percebemos que o assunto, ele é muito importante ser debatido, ser demonstrado, e dado à sociedade uma resposta para esse assunto”, disse o líder.

O vereador César Oliva destacou a iniciativa da Câmara Municipal ao pautar um tema que está em discussão na esfera federal. “Existe um movimento nacional em volta deste tema. O congresso também vem discutindo. Mas, como sempre, gosto muito quando São Caetano vem na vanguarda. Quando São Caetano realmente dá o passo antes que o próprio Congresso, atento aos temas, às temáticas, às demandas latentes de nossa sociedade”, destacou Oliva.

“Hoje o que fica é mais força ainda para que a gente vote o mérito desse projeto e aprove agora, depois, é claro, de passar pela Comissão de Finanças, que eu, enquanto membro, tenho certeza que é uma Comissão que vai avaliar como positivo esse projeto e possivelmente dar sim um parecer favorável a ele”, disse a vereadora Bruna Biondi (PSOL), ao que complementou: “Que possamos ter esse projeto aprovado, sancionado, que entre em vigor porque isso faz parte de uma criação de uma outra cultura na nossa sociedade. Contra a cultura do estupro, contra a cultura de violação de nossas crianças”, disse a parlamentar.

Compartilhar:

  • Data: 10/04/2024 07:04
  • Alterado:10/04/2024 07:04
  • Autor: Redação
  • Fonte: Câmara Municipal de São Caetano do Sul









Copyright © 2024 - Portal ABC do ABC - Todos os direitos reservados