Butantan quer ‘aposentar’ ratos de laboratório em pesquisas
Utilização de “Peixe Paulistinha” substitui camundongos e reduz custos dos estudos científicos
- Data: 11/09/2013 10:09
- Alterado: 11/09/2013 10:09
- Autor: Redação
- Fonte: Saúde-SP
Crédito:
O Instituto Butantan, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e maior centro de pesquisas biomédicas da América Latina, na capital paulistas, desenvolveu projeto inovador que pode “aposentar” os ratos de laboratório na realização de pesquisas científicas.
Pelo novo modelo o “Peixe Paulistinha” será utilizado para substituir ou, em outros casos, complementar os estudos hoje realizados em ratos e camundongos, reduzindo, desta forma, os custos das pesquisas
Também conhecido como “Zebrafish”, o peixe poderá ser utilizado em pesquisas científicas em diferentes áreas, como psicologia, regeneração de tecidos, tumores, manipulação genética, toxicológicos e agentes terapêuticos.
O peixe foi escolhido por ser um animal de pequeno porte e apresentar alta taxa reprodutiva, semelhantes ao dos mamíferos. Além disso, o “Zebrafish” apresenta características importantes para o desenvolvimento das pesquisas, como possuir embriões transparentes, ter prole numerosa (produção média de 70 a 100 ovos por dia) e se desenvolver rapidamente. Em um período de 48 a 72 horas o ovo evolui para larva e se torna adulto aos três meses de vida, no máximo.
A implantação do modelo inovador está em fase avançada no Instituo Butantan. O local já possui um laboratório com estrutura necessária para o funcionamento do criadouro, com capacidade atual para 1,5 mil peixes.
“O projeto é um grande avanço para a ciência. Além de ser bastante funcional, contribui drasticamente para a redução dos custos das pesquisas e armazenamento dos animais”, explica Mônica Lopes Ferreira, pesquisadora responsável pelo criadouro do Instituto Butantan.
Segundo ela, as contribuições vão além da redução de custos. “Outro aspecto importante é a presença de elementos de imunidade inata, quando a resposta imune é independente de antígenos e acontece de maneira imediata e máxima”, explica.