British Council e Museu do Amanhã lançam chamada pública para projetos de inclusão
Serão selecionados 15 projetos para receber apoio financeiro e treinamento; “Garotas STEM: Formando futuras cientistas” tem foco em alunas de Ensino Fundamental e Médio
- Data: 29/03/2021 15:03
- Alterado: 29/03/2021 15:03
- Autor: Redação
- Fonte: British Council
Crédito:Divulgação
De acordo com pesquisa feita pela Unesco em 2018, apenas 35% das matrículas no ensino superior na área de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) são feitas por mulheres, que recebem menos incentivo para ingressar nessas carreiras desde a educação básica. Em vista disso, o British Council, em parceira com o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), instituição gestora do Museu do Amanhã, desenvolveu o “Garotas STEM: Formando futuras cientistas”.
Essa chamada tem como objetivo oferecer apoio financeiro e técnico a projetos voltados a alunas de Ensino Fundamental e Médio, com enfoque em incentivar e ampliar a participação de garotas nas áreas das ciências exatas e naturais, engenharias e computação. Serão selecionadas 15 iniciativas brasileiras já desenvolvidas em escolas, universidades, museus de ciência e organizações sociais, para receberem tanto o auxílio por meio de recursos financeiros, quanto treinamento dos líderes dos projetos.
O programa de treinamento, que terá duração de oito semanas, será ministrado pelo STEM Education Hub, uma parceria entre o King’s College London e o British Council, e treinará os profissionais que fazem parte dos projetos selecionados frente a novas abordagens de ensino de ciências que levem em conta questões de gênero. Com o aperfeiçoamento dessas práticas e a implementação de metodologias inclusivas, os professores e professoras poderão incentivar as estudantes, demonstrar as possibilidades presentes em carreiras científicas e aproximá-las da academia desde o ensino básico.
Raíssa Daher, Gerente de Projetos de Educação Superior e Ciência do British Council, explica que a importância de iniciativas como essa se encontra em iniciar a mudança desde a base, o que pode ter grande impacto em toda a jornada de cada aluna. “O nosso foco está na inspiração, em mudar o olhar do professor que ensina essas meninas e mudar o olhar das meninas, para que elas gostem de ciências e exatas sem achar que é um caminho impossível.”
A longo prazo, esse incentivo pode ter grandes impactos em criar um campo científico mais inclusivo, com um enfoque mais voltado à população como um todo. Daher conta que a produção de ciência ainda é muito feita pelos homens e, por isso, direcionada para público masculino. “Se nós conseguirmos facilitar a entrada das meninas, trazendo uma maior igualdade de gênero para essas áreas, nós aumentamos também a contribuição das mulheres em pesquisas, projetos e resultados, o que irá gerar uma ciência mais diversa, com mais olhares e alternativas, além de maior qualidade”, enfatiza Daher.