Brasileira campeã mundial de kung fu representa o Brasil em pan-americano nos EUA

Com patrocínio da RZK Energia e da Sungrow, Nina Cardoso competirá em Santa Clara, na Califórnia, entre os dias 28/08 e 03/09, e é uma das apostas do Brasil para subir ao pódio

  • Data: 21/08/2024 15:08
  • Alterado: 21/08/2024 15:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Brasileira campeã mundial de kung fu representa o Brasil em pan-americano nos EUA

Nina Kung Fu

Crédito:Divulgação

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Terminado o último ciclo olímpico em Paris, atletas em todo o Brasil já se preparam para representar novamente o país nos mais diversos campeonatos e modalidades por todas as partes do planeta. E, para além do judô e do vôlei de praia, esportes nos quais os brasileiros já são uma potência conhecida, um em particular pode atrair atenções até setembro: o kung-fu. Poucos sabem, mas o Brasil, com 230 mil praticantes, é uma das principais forças da atualidade na arte marcial chinesa e tem em sua seleção a campeã mundial Nina Cardoso Silvestre, a Nina Kung Fu, entre as favoritas para o 15o Pan-Americano de Wushu/Kung Fu, que será realizado em Santa Clara, nos EUA, entre os dias 28 de agosto e 3 de setembro.

Praticante de kung-fu desde os 13 anos de idade, Nina, atualmente com 43 anos, é a número 1 do ranking em sua categoria na Confederação Brasileira de Kung Fu Wushu (CBKW) e acumula títulos de peso como competidora em suas mais de três décadas como atleta. Entre eles, um campeonato mundial, conquistado em 2019 na China, a terra do kung fu, dois pan-americanos, 3 sul-americanos e seis brasileiros. Consolidada como referência nacional no esporte, ela tem mais de 45 mil seguidores nas redes sociais (@nina_atleta) e é, desde junho deste ano, patrocinada pela RZK Energia e a Sungrow, sendo a única na atual seleção brasileira a contar com esse importante apoio para disputar suas competições aqui e no exterior.

“Na minha opinião, energia e kung fu são duas coisas que conversam entre si profundamente. A prática do kung fu nos ensina a utilizar a energia que temos para o controle, a precisão, a resiliência e a busca da harmonia consigo e com as coisas à nossa volta. Não poderia estar mais feliz em dar esse passo com a RZK Energia e Sungrow para passar essa mensagem e popularizar nosso esporte no Brasil para além dos filmes de ação. Os atletas do kung fu brasileiro merecem demais esse reconhecimento por tudo o que já conquistaram. É uma honra participar como uma porta-voz nisso”, conta Nina, que exalta o papel do kung fu em sua vida também para superar grandes desafios pessoais.

Caminho para o topo

De acordo com ela, seu contato inicial com o kung fu foi decisivo para superar a perda do pai ainda quando criança. Esse trauma a fez se retrair e parar de falar. “Comecei no balé clássico por uma orientação do psicólogo, mas, após mais de sete anos, ainda não conseguia me expressar com desenvoltura. Apesar de gostar muito da dança, foi no kung fu, logo após as primeiras aulas, que me encontrei e juntei forças para me expressar”, relata ela. “No kung fu, mais do que a defesa pessoal, você aprende que não precisa provar nada para ninguém, ser a menina que tem mais flexibilidade ou habilidade. No kung fu, você trabalha o seu próprio desafio com você mesmo, sempre buscando aprimoramento por meio da dedicação e da concentração”, afirma ela, ressaltando as qualidades inclusivas do kung fu, que não discrimina gênero, tipo de corpo ou mesmo idade.

E, de fato, a relação de Nina com o kung fu é de amor à primeira vista, segundo ela. Após um ano de prática na academia do mestre Edison Moraes, no bairro paulistano da Lapa, Nina já estava dando aulas para os mais novos que entravam, dominando, ao longo de 11 anos, os estilos louva-deus e garra de águia.

Hoje, mais experiente e fora dos combates após inúmeras lesões – incluindo um grave acidente de carro aos 20 anos no qual perdeu seu noivo na época e ficou dois meses internada –, ela foca na modalidade competitiva taolu, que consiste na apresentação individual do kung fu e tem como critérios de pontuação a força, a expressão, a postura, a ética marcial e o comportamento. “É mais parecido com os katas do karatê ou a rotina de solo da ginástica olímpica”, explica ela, que domina hoje o estilo Choy Lay Fut, que combina técnicas do sul da China e as formas de animais do shaolin quan (tigre, dragão, garça, serpente e pantera).

Como a mais vencedora na seleção brasileira, ela espera não apenas trazer uma medalha no próximo pan-americano na Califórnia, mas também ajudar os outros competidores mais novos a terem a confiança necessária para a disputa. “São atletas muito jovens, que, por vezes, ficam longe da família pela primeira vez. Então, além de competir, meu papel ali também é ajudá-los e apoiá-los por meio da minha vivência. O kung fu é sobre isso, evoluir e ajudar as pessoas a evoluírem, passando ensinamentos de mestres para futuros mestres. Talvez seja por isso que tenho essa paixão também por ensinar tudo o que aprendi”, conta Nina.

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  • Data: 21/08/2024 03:08
  • Alterado:21/08/2024 15:08
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