Brasil registra primeiro caso de mpox causado pela cepa 1b

O Ministério da Saúde confirma a contaminação de uma mulher de 29 anos em São Paulo, sem registros de novos casos relacionados até o momento

  • Data: 09/03/2025 10:03
  • Alterado: 09/03/2025 13:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: Ministério da Saúde
Brasil registra primeiro caso de mpox causado pela cepa 1b

Crédito:Divulgação

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No último dia (7), o Ministério da Saúde do Brasil anunciou o registro de um primeiro caso de mpox, ocasionado por uma nova cepa do vírus, denominada 1b. A paciente, uma mulher de 29 anos residente na região metropolitana de São Paulo, encontra-se em evolução clínica favorável. A contaminação ocorreu após contato com um familiar oriundo do Congo, onde a doença é endêmica.

Até o momento, segundo informações do ministério, não foram encontrados casos secundários relacionados. A vigilância sanitária municipal de São Paulo está realizando um acompanhamento rigoroso para identificar possíveis contatos da paciente. Anteriormente, apenas a cepa 2 do vírus havia sido detectada no território brasileiro.

A confirmação da nova cepa foi realizada através de um laboratório que sequenciou o genoma completo do vírus, revelando similaridades significativas com os casos da cepa 1b observados em outros países.

Até agora, o Brasil registrou 2.052 casos da doença durante o ano de 2024, sendo que até fevereiro deste ano foram contabilizados 115 novos casos. Importante ressaltar que não houve nenhuma morte relacionada à mpox no Brasil nos últimos dois anos. O ministério salienta que os pacientes frequentemente apresentam sintomas que variam de leves a moderados.

Monitoramento e medidas de controle

O acompanhamento do caso está sendo realizado em colaboração com as Secretarias Estadual e Municipal de Saúde de São Paulo. Além disso, o ministério notificou a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a situação. Em agosto de 2024, a OMS declarou Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) em relação à mpox.

O Congo, localizado na África Central, tem enfrentado a mpox como uma doença endêmica desde a década de 1970 e registrou um surto nacional significativo em dezembro de 2022. Durante esse surto, a cepa 1b foi associada a um aumento notável no número de casos no país, conforme indicam relatórios técnicos do ministério.

A cepa 1b também já foi identificada em diversas nações ao redor do mundo, incluindo Uganda, Ruanda, Quênia, Zâmbia, Reino Unido, Alemanha, China, Tailândia, Estados Unidos da América, Bélgica, Angola, Zimbábue, Canadá, França, Índia, Paquistão, Suécia, Emirados Árabes Unidos, Omã e Qatar.

Transmissão e sintomas da mpox

A mpox é provocada pelo vírus MPXV e sua transmissão ocorre principalmente por meio do contato com pessoas infectadas ou materiais contaminados. Atos como abraços, beijos e relações sexuais com indivíduos infectados constituem riscos significativos de contaminação. Adicionalmente, o contato direto com lesões cutâneas ou secreções pode resultar na transmissão do vírus.

Os sintomas típicos da mpox incluem lesões na pele semelhantes a bolhas e feridas, febre, cefaleia e fraqueza geral. O quadro clínico geralmente se manifesta entre dois a quatro semanas após a infecção e os sintomas podem surgir até 21 dias depois da exposição ao vírus.

Recomendações do Ministério da Saúde

Diante desse cenário epidemiológico, o Ministério da Saúde recomenda que indivíduos que apresentem sintomas busquem atendimento médico imediato e informem sobre qualquer contato recente com pessoas diagnosticadas com mpox. Além disso, é aconselhável evitar atividades sociais e manter distância de outras pessoas durante esse período.

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  • Data: 09/03/2025 10:03
  • Alterado:09/03/2025 13:03
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