Brasil passa a quarto maior mercado de voos nacionais do mundo

m 2024, o Brasil se consolidou como o quarto maior mercado de voos domésticos do mundo, representando 1,2% do total global

  • Data: 28/10/2024 20:10
  • Alterado: 28/10/2024 20:10
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress
Brasil passa a quarto maior mercado de voos nacionais do mundo

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O Brasil se tornou o quarto maior mercado de voos domésticos do mundo em 2024, representando 1,2% do total global. Com o aumento da demanda por voos nacionais, o país subiu uma posição no ranking mundial. Estados Unidos e China lideram com 15% e 11% respectivamente, de acordo com a Iata (Associação Internacional de Transportes Aéreos). 

A recuperação do número de passageiros no Brasil segue o mesmo ritmo dos países que lideram o ranking mundial como Estados Unidos, China, Índia e Japão. Em 2024, a demanda por voos domésticos no Brasil superou a média global: enquanto o crescimento mundial foi de 5,6%, o mercado brasileiro avançou 6,6%, segundo a Iata. Até julho, 44 milhões de passageiros foram transportados em voos nacionais. 

Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, a aviação comercial brasileira teve o melhor setembro de sua história. Em voos nacionais e internacionais, os aeroportos brasileiros movimentaram quase 10 milhões de turistas, volume 5,7% maior ao total registrado no mesmo período do ano passado. Em operações dentro do país, o indicador cresceu 4,3% no mês, com mais de 7,9 milhões de pessoas transportadas, recorde para período desde 2000, quando a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) passou a divulgar os dados. 

O mercado doméstico no Brasil já recuperou quase toda a demanda registrada no mesmo período de 2019 (99%), segundo a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas). No entanto, as companhias aéreas têm perspectivas limitadas de crescimento, pressionadas por dívidas acumuladas durante a pandemia de Covid-19, quando a receita despencou, mas os custos foram mantidos. 

“Superar as dívidas acumuladas durante a pandemia vai levar décadas. As companhias lutam para sobreviver em meio às dívidas, à falta de infraestrutura e às baixas perspectivas de crescimento macroeconômico”, afirma Gianfranco Zioni Beting, consultor aeronáutico e cofundador da Azul Linhas Aéreas. 

Em 2020, o número de passageiros caiu 54,05% em comparação a 2019, passando de 93,8 milhões para 43,1 milhões. A pandemia foi o choque global de maior impacto negativo no setor da aviação desde a década de 1990. Ocorreu uma queda de 93% do mercado logo após os primeiros meses de 2020. 

Apesar da recuperação da demanda, as empresas evitam falar em previsão de preços das passagens para o final deste ano e para 2025. Para especialistas, a variação do preço do dólar e do petróleo são os principais fatores de pressão. O combustível representa a maior despesa para as companhias aéreas, correspondendo a cerca de 36% dos custos, segundo a Abear. 

Em nota, as empresas Azul Linhas Aéreas Brasileiras, Gol Linhas Aéreas Inteligentes S.A. e Latam Airlines afirmam que os preços das passagens aéreas são dinâmicos, sazonais e sofrem a interferência de diversos fatores. Entre eles, destacam-se os valores de combustível, câmbio, demanda pela rota, data e destino do voo. 

Especialistas apontam uma combinação de fatores para explicar o crescimento da demanda por voos domésticos no Brasil. Um dos principais é o aumento do interesse por destinos menos explorados. As viagens para as regiões Norte e Nordeste têm impulsionado essa demanda, com o estado do Pará liderando o crescimento neste ano, com aumento de 17% na oferta de assentos em relação ao ano passado, conforme relatório da empresa de gestão de banco de dados ForwardKeys. 

Ceará e Pernambuco estão entre os principais estados com ampliação da capacidade de assentos domésticos, mantendo um crescimento estável em 2024 e com boas expectativas para o ano seguinte. 

Para Jeanine Pires, consultora de empresas de turismo e especialista no setor de aviação, o perfil dos passageiros está mudando. “Para atrair mais clientes, as companhias aéreas oferecem maior flexibilidade em cancelamentos, mudanças e alterações. Essa estratégia busca atender às expectativas dos passageiros, que não desejam ser penalizados por adversidades externas”, afirma. 

Outro fator decisivo para explicar a recuperação é a infraestrutura. Segundo a Abear, houve um crescimento de 6% na capacidade de aeroportos em relação ao período pré-pandemia. No entanto, especialistas afirmam que a infraestrutura existente não acompanha o ritmo da demanda crescente por voos domésticos no Brasil, representando um obstáculo para o avanço das companhias. 

MERCADO DE AVIAÇÃO NO BRASIL 

Ano – Passageiros transportados em voos domésticos no Brasil 

2019 – 93,8 milhões 

2020 – 43,1 milhões 

2021 – 62,2 milhões 

2022 – 82 milhões 

2023 – 91 milhões 

2024 (até junho) – 44,1 milhões 

Fonte: Iata 

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  • Data: 28/10/2024 08:10
  • Alterado:28/10/2024 20:10
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress









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