Valdemar diz que objetivo do PL é reeleger Bolsonaro e não crê em inelegibilidade do mesmo
Líder do partido sai em defesa de ex-presidente, que pode perder direitos políticos por oito anos em julgamento no TSE
- Data: 23/06/2023 12:06
- Alterado: 23/06/2023 12:06
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Valdemar e Bolsonaro
Crédito:Reprodução
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou, em um vídeo publicado nas redes sociais, que o objetivo do partido é “reeleger” Jair Bolsonaro (PL) e que não acredita que o ex-presidente “fique inelegível pelo que ele falou”. As declarações do dirigente foram feitas após a o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciar o julgamento que pode cassar os direitos políticos do ex-presidente por oito anos – a sessão será retomada na terça-feira, 27.
“Não vamos admitir injustiças contra o nosso capitão. Não acredito que um presidente da República fique inelegível pelo que ele falou. Isso não existe em nenhum lugar do mundo. Bolsonaro vai seguir firme e tenho convicção que será o nosso candidato”, disse Valdemar nesta quinta-feira, 22. O próprio ex-presidente, no entanto, ao avaliar a possibilidade de condenação pela Corte disse que “os indicativos não são bons” e que é “quase unanimidade” que ele vai perder a ação.
No vídeo, Valdemar afirmou que, para o partido ganhar a eleição presidencial de 2026, é preciso fortalecer a legenda. Segundo ele, o objetivo da bancada é “reeleger” Bolsonaro.
“Nós elegemos 99 deputados federais e, por mais que cada um seja único na sua história, todos nós temos um objetivo em comum, que é reeleger Bolsonaro e fazer valer os valores da direita, pois são esses os objetivos que nos unem. E para que a gente possa ganhar as eleições em 2026, nós precisamos internamente fortalecer o partido”, disse.
A ação a qual Bolsonaro é alvo foi movida pelo PDT e tem como base uma reunião convocada pelo então presidente com embaixadores, em julho do ano passado. Na ocasião, o presidente, sem apresentar provas, colocou em dúvida a lisura sistema eleitoral e atacou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do TSE.
O ex-presidente é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, e, se for condenado, ficará impedido de participar das eleições de 2024, 2026 e 2028, podendo voltar em 2030 – a pena acabaria quatro dias antes da disputa.