Brasil Cena Aberta tem versão online transmitida diretamente do Teatro Cacilda Becker

Em detrimento da pandemia do Covid -19, Brasil Cena Aberta opta por criar uma edição especial, um ato que acontece entre 2 e 4 de dezembro

  • Data: 29/11/2020 18:11
  • Alterado: 29/11/2020 18:11
  • Autor: Redação
  • Fonte: Brasil Cena Aberta
Brasil Cena Aberta tem versão online transmitida diretamente do Teatro Cacilda Becker

O espetáculo Ôma é uma das atrações do evento

Crédito:Divulgação

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Com a missão de facilitar o encontro entre os principais agentes nacionais e internacionais das artes cênicas (artistas, produtores, técnicos, programadores, gestores, curadores etc.), o Brasil Cena Aberta Ato 2020 acontece online nos dias 2, 3 e 4 de dezembro. Nesta edição, a casa do evento é o Teatro Cacilda Becker, de onde são transmitidas as atrações do festival. 

O ato tem como slogan a frase “Porque somos fortes e vingativos como o jabuti”, para demonstrar o desejo de toda a cadeia produtiva das artes cênicas de continuar produzindo mesmo depois de sete meses parada por conta da pandemia de Covid-19. 

“Nesse ano atípico de 2020 levantamos inúmeras questões sobre nosso fazer e nossos modos de vida. Ainda em suspensão, nós, profissionais das artes cênicas, seguimos tateando o desconhecido e engatinhando em modo remoto. Os últimos sete meses aceleraram o processo de imersão virtual do setor, passamos por uma espécie de batismo de choque”, diz Andrea Caruso Saturnino, a idealizadora do Brasil Cena Aberta. 

Ela conta que o festival estava com processo de inscrições para espetáculos aberto antes da pandemia do novo coronavírus. “Em determinado momento entendemos que não faríamos o festival e foi então que resolvemos incluir mais programadores na comissão internacional e, assim, fazer com que um maior número de pessoas conhecesse os espetáculos brasileiros. Foi possível trocar ideias, apresentar mais informações sobre os artistas etc. O longo processo acabou se transformando em uma experiência única e rica para todos os envolvidos e os espetáculos foram assistidos por um maior número de profissionais internacionais”, conta. 

É justamente dessa maior aproximação com os curadores internacionais que surge o cerne do Brasil Cena Aberta Ato 2020. Uma das principais atrações do festival são os encontros entre artistas e programadores internacionais que puderam avaliar os espetáculos deles. Essa reunião oferece uma oportunidade de trocas e ampliação do olhar para cada trabalho.

Muitos desses espetáculos de teatro e dança, que já estrearam e tiveram uma trajetória de sucesso, serão mostrados por vídeo, transmitidos por streaming, direto do palco do Cacilda Becker.

Há, ainda, a estreia do inédito “Ôma, um ex-petáculo”, da companhia ultraVioleta_s, que teve outra peça (“Há dias que não morro”) avaliada pelos programadores internacionais. Nesse trabalho, que mistura teatro com o universo dos games, o público é convidado a andar por universos e mundos para além de uma casa habitada escolhendo uma das seguintes avatares: Lala ou Tetê. Elas são a versão digital das atrizes Laíza Dantas e Tetembua Dandara, que participam do jogo de forma virtual e pré-programada. O ex-petáculo é uma gamificação da realidade, possibilitando ao público uma visão distanciada (por que não tragicômica?) da nossa existência.

A programação ainda conta com um ciclo de encontros sobre técnica e tecnologia na construção da cena, workshops, apresentação de novos projetos e outros bate-papos. Todas as atrações que envolvem convidados internacionais terão tradução simultânea.

Espetáculos

A programação do Brasil Cena Aberta Ato 2020 conta com dez espetáculos de dança e sete de teatro, cada um deles com transmissão online do vídeo transmitida via streaming seguida por bate-papos com os artistas. O único espetáculo que se apresenta no formato live streaming é o espetáculo de dança “Dilúvio”, de Joana Ferraz. 

Os espetáculos de dança são: “Dilúvio”, de Joana Ferraz; “R.A.L.E. – Realidade Apropriada Libera Evidência”, de Jessé Batista; “O QUE MANCHA”, de Beatriz Sano e Eduardo Fukushima; “Still Reich”, da Focus Cia de Dança; “Paradoxo”, de Zanzibar Vicentino; “Desvios tático-estratégicos para sobreviver à vida urbana”, do Grupo Três em Cena; “Filhxs – da – Po##@! TODA”, do Coletivo Calcâneos; “d o l o r e s”, de Loretta Pelosi; “Titiksha”, de Nalini Cia de Dança; e “Ägô”, de Cristina Moura.

Já as peças de teatro são: “Refúgio”, de Alexandre Dal Farra; “(In)justiça”, da Companhia de Teatro Heliópolis; “Manifesto Traspofágico”, de Renata Carvalho; “Outros”, do Grupo Galpão; “Desmonte”, de Girino; “Ôma, um ex-petáculo”, de ultraVioleta_s; e “Os uns e os outros”, da Cia. Livre de Teatro.

Novos Projetos

Outra atração do Brasil Cena Aberta Ato 2020 é uma roda de apresentação de novos projetos que concorreram por meio do festival a uma bolsa de residência artística Cité Internationale des Arts, em Paris. A artista selecionada para o programa foi a Márcia Nemer, no entanto, outros quatro nomes que se destacaram no concurso também têm a chance de mostrar seus projetos.

Nessa atração, cada artista tem cinco minutos para apresentar seu projeto e deve responder às perguntas do público presente por mais cinco minutos.

Os projetos apresentados serão os seguintes: “Miroir Claude”, de Márcia Nemer; “Movimentos em Apineia”, de Flávia Pinheiro; “Yurugu”, de Yhuri Cruz; “Interfaces Relacionais”, de Thiago Salas; e “Dos modos de nos comportarmos no teatro”, de Luiz Pimentel.

Outras atividades

Profissionais indispensáveis para a realização dos espetáculos de artes cênicas, os técnicos passam a compor a programação do Brasil Cena Aberta em suas diversas vertentes. Um seminário sobre técnica e tecnologia, com a participação de profissionais brasileiros e internacionais, acontecerá de 2 a 4 de dezembro; serão oferecidos dois workshops específicos para a categoria, trazendo profissionais internacionais de ponta para compartilharem seus trabalho e, durante os dias da ocupação no Teatro Cacilda Becker, serão realizadas atividade para a gravação do curta-metragem  “Tekhnikós”, de Beatriz Sayad e Inês Cardoso, uma espécie de documentário e de jogo de cena que colocam o foco nesses trabalhadores da Cultura. A atividade conta com a presença de vários técnicos convidados de diferentes áreas.

Outros destaques são algumas reflexões abertas sobre temas que possam inspirar o público com questões atuais e instigantes. Uma dessas atrações é uma mesa sobre “Advocacy para as Artes”, que terá participação de Daniela Castro (HUB/Imapacta Advocacia – SP), um representante da coalizão negra e Randy Cohen e Pauline Pereira, da American for the Arts, e mediação de Claudia Toni.

Já o “Ciclo de Encontros Técnica e Tecnologia na Construção da Cena – interações, intersecções e interferências” convida profissionais, técnicos e artistas do Brasil e vários países para falar sobre as últimas tendências mundiais nessa área. Participantes: Gonzalo Soldi (HUB, Montreal), Marianne Weems (The Builders Association, Nova York), Caetano Vilela (São Paulo), Hedra Rockenbach (Cena 11, Florianópolis), Manolis Vitsaksakis (Cia. Dimitris Papaioannou, Grécia), Patrick Dunin (Le Diamant e Cia. Ex-Machina, Québec), Rodrigo Gava (Técnico em vídeo e áudio, São Paulo), Helô Passos (Cineasta e diretora de fotografia, São Paulo) e André Boll (mediador, Brasil Cena Aberta, diretor técnico e iluminador).

Confira a programação completa em http://www.brasil-cenaaberta.org/

Programadores internacionais que colaboram com o Brasil Cena Aberta Ato 2020:

Kettly Nöel – Festival Dense Bamako Dance – Mali / Festival Port-au-Prince Art Performance (PAPAP) – Haiti  

Adriana Almeida Pees – Theater Freiburg, Alemanha

Juan Pablo Lopez Otero – Bienal Internacional de Dança de Cali, Colômbia

Assen Assenov – One Foundation for Culture and Arts, Bulgária / One Dance Week Festival, Bulgária

Snjezana Abramovic Milkovic – Festival de Dança e Teatro Não-Verbal de San Vincenti, Croácia

Maryam Karroubi – Teatro de La Ville, Paris, França.

Gonçalo Amorim – FITEI Portugal

Gintaré Masteikaite – Lithuanian Dance Information Center, New Baltic Dance Festival, Culture Platform e Festival ConTempo – Lituânia

Federico Irazábal – FIBA Festival Internacional de Buenos Aires, Buenos Aires

Gerardo Salinas – Koninklijke Vlaamse Schouwburg (KVS), Bélgica / Festival PROXIMAMENTE (KVS, Bélgica)

Emmanuelle Stefan – Teatro Saint Gervais, Suíça

Faisal Kiwewa – Bayimba Foundation, Uganda / Bayimba Festival, Uganda

Dieter Jaenicke – Internationale Tanzmesse NRW, Alemanha

Iliana Dimadi – Onassis Stegi, Grécia

Sankar Venkateswaran – Festival Internacional de Teatro ItFok, Índia

Annika Üprus – SAAL Biennaal, Estônia

Reem Allam – D-Caf, Egito / Orient Productions, Cairo, Egito

Rhanhee Lee – Korea Street Arts Association, Seul, Coréia / Ulsan Promenade Festival, Coréia

Cecilia Kuska – Festival de Artes Latino-Americanas da CASA Londres / Festival PROXIMAMENTE (teatro KVS, Bruxelas)

Elizabeth Doud – Museu de Arte Ringling, (Sarasota) EUA

SERVIÇO

Brasil Cena Aberta Ato 2020

Quando: 2, 3 e 4 de dezembro 

Quanto: 

Para profissionais da área: encontros e apresentação de novos projetos: R$35  Inscrição pelo site http://www.brasil-cenaaberta.org/  

Workshops profissionais (Gratuitos para profissionais inscritos no evento) 

Para público em geral: peças apresentadas online com conversas entre público e artistas custam entre R$10 e R$40 (cada um paga quanto quiser). 

Espetáculo Dilúvio (via streaming ao vivo); gratuito no canal de Youtube do Brasil Cena Aberta

Palestras e mesas redondas: aberta a todos no canal de Youtube do Brasil Cena Aberta (gratuito)

Onde: Encontros profissionais, apresentação de novos projetos e workshops: Por streaming (via Zoom). 

Espetáculo Dilúvio (no Teatro Cacilda Becker, via streaming ao vivo); gratuito no canal de Youtube do Brasil Cena Aberta

Espetáculos: Por streaming (via Zoom) (de R$ 10 a R$ 40). 

Mesas redondas e palestras: canal de YouTube do Brasil Cena Aberta (programação gratuita)

Encontros e lançamentos de livros (programação da feira Página Aberta): canal de YouTube do Brasil Cena Aberta (programação gratuita)

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