Bolsonaro volta a dizer que não tem controle sobre o orçamento secreto

No começo desta semana, o chefe do Executivo chegou a dizer que, se reeleito, poderia negociar o fim do orçamento secreto

  • Data: 28/10/2022 15:10
  • Alterado: 28/10/2022 15:10
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Bolsonaro volta a dizer que não tem controle sobre o orçamento secreto

Presidente Jair Bolsonaro participa da cerimônia da semana nacional das comunicações, ao lado do ministro Fábio Faria, em seguida foi caminhando ao Salão Negro do Congresso Nacional onde visitou estandes de empresas que desenvolvem a tecnologia 5G no mundo. Sérgio Lima/Poder360 05.05.2021

Crédito:Reprodução

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a dizer nesta sexta-feira, 28, que não tem controle sobre o orçamento secreto. Em entrevista ao canal “O Primo Rico”, de Thiago Nigro, o chefe do Executivo afirmou que, se tivesse “nas mãos” os R$ 19 bilhões previstos para as emendas de relator-geral no ano que vem, seria o “presidente mais feliz do mundo”.

No começo desta semana, o chefe do Executivo chegou a dizer que, se reeleito, poderia negociar o fim do orçamento secreto. Por meio do esquema, o Palácio do Planalto negocia apoio no Congresso com a destinação de emendas, sem critérios e transparência, a parlamentares principalmente da base governista.

“Se eu tivesse R$ 19 bilhões nas mãos, eu seria o presidente mais feliz do mundo e saberia onde melhor aplicar esses recursos. Não quero generalizar”, afirmou o presidente, ao dizer que a decisão sobre a alocação das verbas do orçamento secreto é do relator-geral. “Nós não temos controle disso”, emendou.

Adversário de Bolsonaro na disputa pelo Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já prometeu acabar com o esquema, se eleito. Na entrevista, contudo, o presidente afirmou que os petistas foram favoráveis ao orçamento secreto.

O chefe do Executivo ainda sugeriu que as emendas de relator-geral foram uma reação ao fato de ele ter supostamente negado em 2019 ao então presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a recriação do Ministério das Cidades. Segundo Bolsonaro, Maia queria “acomodar seu pessoal” na pasta.

O presidente disse também que vetou o orçamento secreto, sem mencionar que, depois disso, recuou e enviou um projeto próprio ao Congresso para criar o esquema, gestado no gabinete do então ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, no Palácio do Planalto.

Na segunda-feira, 24, em entrevista ao site Metrópoles, Bolsonaro disse que pretende negociar o fim do orçamento secreto em um eventual segundo mandato. “O novo Parlamento ficou muito mais para a centro-direita e pretendo negociar no ano que vem, se eu for reeleito, obviamente, a extinção desse dito orçamento secreto”, declarou o presidente.

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  • Data: 28/10/2022 03:10
  • Alterado:28/10/2022 15:10
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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