Bienal de São Paulo aposta em curadores de países diversos para 2025
Camaronês, brasileiros, marroquina e suíça pensarão a mostra que deve refletir sobre a multiplicidade do mundo
- Data: 05/06/2024 17:06
- Alterado: 05/06/2024 17:06
- Autor: Redação
- Fonte: Folhapress
Os curadores da 36ª Bienal de São Paulo, Keyna Eleison, Anna Roberta Goetz, Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, Alya Sebti, Thiago de Paula Souza e Henriette Gallus
Crédito:Divulgação
A Bienal de São Paulo anunciou o time curatorial completo de sua 36ª edição, que deve acontecer no segundo semestre de 2025.
O curador geral da mostra, Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, diretor do Haus der Kulturen der Welt, em Berlim, nomeou como curadores Alya Sebti, Anna Roberta Goetz e Thiago de Paula Souza, e Keyna Eleison como cocuradora da principal mostra de arte contemporânea do país. Henriette Gallus, que já foi assessora de imprensa da Documenta de Kassel, chefiará a comunicação da edição.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Ndikung disse que a edição vai representar a multiplicidade do mundo e falar das urgências de se viver nos dias atuais, em diálogo com a última mostra que, no ano passado, fez história ao ser composta, majoritariamente, por artistas não brancos.
Alya Sebti é marroquina e dirige a ifa-Galerie em Berlim, onde desenvolveu pesquisas e exposições sobre as heranças coloniais nas sociedades contemporâneas, e estuda as linguagens artísticas no norte e oeste da África pós-independência.
Sebti já curou a Manifesta em Marselha em 2020, a Biennale de Dakar em 2018, no Senegal, e foi diretora artística da Marrakech Biennale em 2014, no Marrocos.
A suíça Anna Roberta Goetz pesquisa estratégias artísticas que desafiam hierarquias e narrativas prevalentes na sociedade. Goetz já trabalhou no Marta Herford Museum e no MMK Museum für Moderne Kunst Frankfurt, ambos na Alemanha, e foi curadora assistente do Pavilhão da Alemanha na 55ª Bienal de Veneza, em 2013.
Thiago de Paula Souza e Keyna Eleison são os brasileiros da equipe. Eleison é especialista em história da arte e foi uma das responsáveis pelo reconhecimento do Cais do Valongo como Patrimônio Mundial da UNESCO.
Já Souza, que também é cocurador do 38ª Panorama da Arte Brasileira no MAM deste ano, participou da organização de importantes mostras de arte pelo mundo, entre elas a exposição “Some May Work as Symbols: Art Made in Brazil, 1950s-70s”, no Raven Row em Londres, a 58ª Carnegie International de 2022, nos Estados Unidos.