Bernardinho inspira 1º título de Filipe Luís como técnico do Flamengo
Nesta segunda-feira (17), Filipe Luís, conquistou o primeiro título na nova função ao vencer o Vasco, nos pênaltis, pela Copa Rio sub-17, e agora está efetivado para comandar o sub-20 rubro-negro
- Data: 18/06/2024 12:06
- Alterado: 18/06/2024 12:06
- Autor: Redação
- Fonte: Bruno Braz/UOL/Folhapress
Filipe Luís
Crédito:Alexandre Vidal/Flamengo
“Aos campeões, o desconforto”. É sob o mantra do técnico multicampeão de vôlei Bernardinho que Filipe Luís se inspira para viver sua nova fase como treinador do Flamengo.
“É um desafio grande, com mais responsabilidade, mais dificuldade e é a única forma que você tem de somar experiências e crescer. Como diria Bernardinho: passando desconforto, ele gera esse aprendizado. Quanto mais dificuldade, mais desconforto eu tiver, mas eu vou aprender e mais rápido eu vou estar pronto”, disse.
‘UM DOS MAIORES TREINADORES DO BRASIL’
Filipe Luís vê Bernardinho como uma grande referência para a carreira de treinador. Baseando-se na filosofia do multicampeão de vôlei, o ex-lateral avalia que ser técnico é bem mais sacrificante do que ser jogador:
“Com certeza é um dos maiores treinadores aqui do Brasil. Ele fala que o desconforto gera aprendizado, e essa profissão gera muito desconforto. São muitas horas, muitas decisões. Estou falando isso aqui e tem muitos treinadores que vão escutar e vão entender perfeitamente. É muito difícil esse caminho. Graças a Deus eu comecei no lugar certo, na base, no clube que eu amo, porque só assim eu posso ter a evolução e juntar a experiência necessária para poder me tornar um treinador que eu quero ser.” Filipe Luís
FILIPE LUÍS SOBRE JESUS: ‘ESPERO QUE ME MANDE MENSAGEM’
Outra inspiração para Filipe Luís é o técnico português Jorge Jesus. Eles foram campeões brasileiros e da Libertadores pelo Flamengo e criaram um grande laço afetivo. O ex-jogador revelou que costuma mandar mensagem para o lusitano após as conquistas e agora quer que o mesmo aconteça com ele após seu primeiro título na nova função:
“Espero que ele me mande uma mensagem, porque quando ele ganha eu mando uma mensagem, agora ele que tem que mandar para mim [risos]”.
‘NUNCA MENTI PARA NENHUM DELES’
Filipe Luís acredita que a sinceridade é o melhor caminho para um treinador de base. E que tem aplicado isso aos seus atletas que ainda estão em busca do sonho de se tornarem jogadores profissionais:
“Primeiro, falar a verdade. Nunca menti para nenhum deles. Quando eles vêm falar comigo, sou muito sincero, digo o que eles têm que melhorar. Eles estão longe ainda de se tornarem jogadores. Dessa turma aí, provavelmente muitos vão ser jogadores, mas muitos não, então nunca menti, sempre falei a verdade, digo qual é o caminho para eles se tornarem jogadores de futebol. E eu deixo isso muito claro, não negocio meus valores, nem os valores do clube, e aí eles aprendem, eles têm que correr e correr muito para se tornar um profissional”.
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Primeiro título como técnico
“Tenho uma sinergia com eles muito grande, eles me abraçaram desde o primeiro segundo que eu cheguei aqui, compraram a ideia, fizeram tudo que eu falei, aliás até mais. Quando eu falo vai e cruza, eles não pensam em fazer outra coisa, eles vão e cruzam. Então, são meninos que obedecem. Tenho essa conexão com eles que é muito forte, eu amo esses meninos, eles me realizam no dia a dia, fazem com que eu veja que esse trabalho realmente valha a pena, porque é muito sacrificado, quem é treinador sabe que são muitas e muitas horas, mas eu estou muito feliz na posição que estou e querendo crescer cada dia mais para me tornar um treinador de sucesso no futuro”.
Legado no sub-17
“É uma pergunta pra eles, mas assim, eu não negocio meus valores, os valores que eu tenho como pessoa e que o Flamengo carrega no escudo. Esses valores são inegociáveis. Então, fica tudo mais fácil para escolher os jogadores que vão jogar, quem vai ficar de fora… Porque quando você segue os teus valores e os teus princípios, fica fácil. Agora, de legado, eu espero que eles continuem no caminho do sucesso”.
Brigas na base
“Uma coisa que eu deixei bem clara desde o começo porque eu via muitas brigas na categoria de base e tal. A gente preza por isso, por jogar e que ganhe o melhor. Então eu falei, desde o começo que eu cheguei aqui, que se o adversário ganhar, a gente vai lá, vai dar a mão para eles e vai respeitar eles. E se a gente ganhar, sem provocação e sem nada. A gente tem que fazer o que está no nosso controle, que é jogar melhor que o adversário e merecer vencer. Isso está no nosso controle, o resto não. Então eles vêm obedecendo bastante e por isso que eu fico tão feliz”.