Barroso condena plano de golpe com assassinato de Moraes e Lula: “Desonra ao País”
Em uma sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizada nesta terça-feira, 19, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso declarou que os brasileiros estiveram mais próximos do inimaginável do que se poderia supor. Esta afirmação veio à tona após a deflagração da Operação Contragolpe, que chocou o país com revelações perturbadoras. […]
- Data: 19/11/2024 17:11
- Alterado: 19/11/2024 17:11
- Autor: Redação
- Fonte: Estadão
Ministro Luís Roberto Barroso
Crédito:Valter Campanato/Agência Brasil
Em uma sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizada nesta terça-feira, 19, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso declarou que os brasileiros estiveram mais próximos do inimaginável do que se poderia supor. Esta afirmação veio à tona após a deflagração da Operação Contragolpe, que chocou o país com revelações perturbadoras.
Luís Roberto Barroso, descreveu como “estarrecedores” os pormenores da operação lançada nesta mesma manhã para investigar um plano que visava o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, em uma tentativa de golpe de Estado. Barroso destacou que tal conspiração representa uma grave desonra para o Brasil.
A investigação em questão surgiu a partir de materiais apreendidos na Operação Tempus Veritatis, iniciada em fevereiro para apurar uma suposta tentativa de golpe durante o governo de Jair Bolsonaro. Durante essa operação, a Polícia Federal encontrou três documentos cruciais: um detalhando um plano denominado Operação Punhal Verde e Amarelo, que incluía métodos como envenenamento e ataques com explosivos; uma planilha estratégica dividida em cinco fases para a execução do golpe; e uma minuta propondo a criação de um gabinete de crise com o objetivo de estabilizar o país após uma ruptura institucional.
Envolvidos
A Operação Contragolpe intensificou as investigações sobre figuras proeminentes do governo anterior. Descobriu-se, por exemplo, que o ex-ministro da Defesa, general Braga Neto, teria sediado uma reunião onde se discutiu a prisão ou execução do ministro Alexandre de Moraes.
Além disso, Mário Fernandes, general reformado e ex-secretário-geral da Presidência no governo Bolsonaro, foi identificado como um dos principais envolvidos. Ele é apontado como o autor dos documentos detalhando o plano para eliminar Lula e Alckmin e explodir Moraes. Alarmantemente, esses planos teriam sido impressos nas dependências do Palácio do Planalto enquanto o então presidente ainda ocupava o local.
Essas revelações colocam sob escrutínio não apenas indivíduos específicos, mas também toda a estrutura política envolvida nos eventos mencionados, demandando respostas firmes das autoridades para garantir a estabilidade democrática no país.