Banho Solidário Sampa e Softys entregam kits de higiene para mulheres em situação de rua

Entrega que já é feita regularmente pela ONG será ampliada pela parceria com a marca Ladysoft, que visa ao aumento da conscientização sobre desafios enfrentados por meninas e mulheres

  • Data: 26/05/2023 14:05
  • Alterado: 26/05/2023 14:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: Softys e Banho Solidário Sampa
Banho Solidário Sampa e Softys entregam kits de higiene para mulheres em situação de rua

Crédito:Marcello Casal Jr - Agência Brasil

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A falta de conhecimento, insumos ou infraestrutura necessários para vivenciar a menstruação de modo digno é chamada de pobreza menstrual. Um estudo lançado em maio de 2021 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), com dados da Pesquisa Nacional de Saúde, levantou que quatro milhões de meninas não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas e 713 mil meninas vivem em lares sem banheiro ou chuveiro no Brasil. 

Além de ser um tabu que marginaliza mulheres, mais de 500 milhões vivem em situação de pobreza menstrual no País e, a cada quatro jovens, uma não tem acesso a produtos menstruais, causando evasão escolar. A situação torna-se ainda mais delicada quando se trata de meninas e mulheres que vivem na vulnerabilidade das ruas. De acordo com o Censo da População em Situação de Rua, feito pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), da prefeitura de São Paulo, o percentual de mulheres em situação de rua passou de 14,8% (em 2019) para 16,6% (em 2021). 

O tema ganha luz e acolhida neste domingo, 28 de maio, quando o Banho Solidário Sampa e a Ladysoft, marca de absorventes da Softys Brasil, entregam 600 pacotes de produtos de higiene íntima na Praça do Patriarca, no Centro Histórico de São Paulo, para meninas, mulheres e pessoas que menstruam que hoje integram as estatísticas da população de rua da cidade. 

“Como mulher, é fácil entender a necessidade, a dimensão, a força e o impacto desta ação, ainda que saibamos que ela é um gesto em meio a todos os desafios que as mulheres vivem no dia a dia, de modo geral, e de forma tão latente nas ruas, com seus direitos básicos negados”, diz Cláudia Cézar Pinto, uma das fundadoras e voluntária deste projeto social apartidário e sem fins lucrativos que semanalmente leva banho quente, roupas limpas, corte de cabelo e atenção para população de rua da capital paulista. “Apesar de ser um processo natural, biológico e que faz parte do desenvolvimento, a menstruação é uma questão de saúde pública e de responsabilidade coletiva”, destaca. 

Apoiadora do Banho Solidário Sampa e de outras Organizações Não Governamentais (ONG), a Softys – empresa chilena líder em produtos de cuidados pessoais na América Latina – reforça seu propósito social por meio do programa Softys Contigo, lançado há 1 ano junto com a ONG TETO e beneficiando diversas comunidades hipervulneráveis em todo o Brasil com ações de saneamento básico e acesso à água potável. Em março deste ano, a companhia também realizou atividades para promoção da saúde feminina no município de Aparecida de Goiânia, estado de Goiás, região Centro-Oeste, incluindo exames preventivos gratuitos (HBsAg, Anti-HCV e glicemia) e orientações importantes sobre cuidados gerais. 

Sobre o Dia da Dignidade Menstrual

Criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Dia Internacional da Dignidade Menstrual é uma oportunidade para refletir sobre a importância do acesso a produtos de higiene menstrual e para inspirar novas iniciativas que promovam a dignidade e o bem-estar das mulheres vulnerabilizadas. No Brasil, hoje as pessoas negras hoje são as mais afetadas pela pobreza menstrual, reforçando questões raciais como marcadores da desigualdade que impactam a vida dessa população, especialmente no período imediatamente após menstruarem pela primeira vez pela indisponibilidade de soluções de higiene adequadas. 

Essa questão também tem forte impacto negativo em outras esferas, como o acesso à educação, a oportunidades de trabalho decente e a serviços de saúde, entre outros direitos básicos. Sem recursos, pessoas de baixa renda, em situação de rua, cumprindo medidas socioeducativas em meio fechado ou em regime carcerário acabam manejando sua menstruação com itens como papel higiênico, jornal, panos e roupas e até miolo de pão.

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  • Data: 26/05/2023 02:05
  • Alterado:26/05/2023 14:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: Softys e Banho Solidário Sampa









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