Balé da Cidade de SP é destaque da programação de junho do Theatro Municipal
Beethoven pelo Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo e Lorca em Cena são também destaques musicais do mês da casa
- Data: 05/06/2023 14:06
- Alterado: 05/06/2023 14:06
- Autor: Redação
- Fonte: Theatro Municipal de São Paulo
Crédito:Rafael Salvador
Abrindo o mês de julho o Theatro Municipal apresenta duas coreografias marcantes na trajetória do Balé da Cidade de São Paulo. Inacabada, do britânico Ihsan Rustem, e O Balcão de Amor, do israelense Itzik Galili, com trilha do cubano Perez Prado. O Balcão de Amor teve sua estreia internacional com o Balé da Cidade de São Paulo. A coreografia teve como ponto inicial o dueto final, que foi criado para uma companhia em Stuttgart, na Alemanha. Com o título de Inacabada, a obra é resultado da reunião de manuscritos dos dois primeiros andamentos da sinfonia composta por Franz Schubert, quando tinha apenas 25 anos e a partitura vira movimentos dos bailarinos de forma intensa.
Com estreia no dia 2/6 (sexta-feira), as apresentações vão até 10/6 (sábado) e terão a Orquestra Sinfônica Municipal, regida por Alessandro Sangiorgi, executando as músicas ao vivo. A duração total aproximada é de 70 minutos (com intervalo) e os ingressos vão de R$ 12 a R$ 84 (inteira).
A Orquestra Sinfônica também brilha com o concerto Gigantes Continentais, nos dias 16 e 17 de junho, sexta às 20h, e sábado, às 17h. Sob a regência do maestro Roberto Minczuk, o programa traz Iron Foundry, Op. 19 (5′), do Ucraniano Alexander Mosolov, Concerto para Piano em Sol Maior, de Ravel e Sinfonia nº 1 em Ré menor, Op. 13 (40′), de Rachmaninoff, grande destaque da noite. A duração do espetáculo é de 105 minutos e a classificação, livre para todos os públicos. Os ingressos vão de R$ 12 a R$ 64.
O Coral Paulistano, outro corpo fixo da casa, segue levando a música para fora das paredes do Theatro. No início do mês, na sexta-feira, 2/6, o Coral faz um concerto em Tatuí sob a regência de Maíra Ferreira e de Isabela Siscari. O espetáculo traz no programa Franz Schubert, Juliana Ripke, Lilli Boulanger, Rachmaninoff e Guastavino, tendo Renato Figueiredo e Rosana Civile ao piano e, como cantores solistas, a soprano Larissa Lacerda, o contralto Ivy Szot e os tenores Pedro Vaccari e Thiago Montenegro. O espetáculo acontece às 20h no Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos e a entrada é gratuita.
Já dentro do projeto Municipal Circula, o Coral Paulistano leva ao CEU Butantã no sábado, dia 17 de junho, às 11h da manhã, também sob a regência das maestras Maíra Ferreira e Isabela Siscari, esse mesmo programa, possibilitando à população que possa assistir espetáculos nas proximidades de seu bairro.
Ainda dentro do Municipal Circula, ampliando o acesso do público ao trabalho dos Corpos artísticos do Theatro Municipal, o Grupo Cupuaçu abre com um cortejo o espetáculo, no dia 3/6, às 11h, na Casa de Cultura do Butantã do Coro Lírico Municipal. O Grupo Cupuaçu é uma formação da tradição maranhense do Bumba Meu Boi, que une os brincantes em torno do canto e da dança e que segue num cortejo atrás do boi para saudar a ancestralidade preta, indígena e brasileira. O Coro Lírico, sob a regência de Érica Hindrikson, com Marizilda Hein ao piano, as sopranos Adriana Magalhães, Graziela Sanchez e Caroline De Comi, e a contralto Lidia Schäffer solando, trazem no programa trechos e árias de clássicos de Georges Bizet (Carmen), Mozart (Le Nozze di Figaro), Puccini (Gianni Schicchi, La Bohème e Turandot), Giordani (ópera Andrea Chénier) e Verdi (Il Trovatore, Macbeth e La Traviata). A duração total do espetáculo é de 90 minutos e a entrada, livre e gratuita.
Em homenagem ao dia do refugiado, na terça-feira, 13 de maio, a Sala de Espetáculos recebe o Migrafest, com apresentações de Zeca Baleiro, Chico César, da cantora palestina Oula Al-Saghir, da filósofa e cantora iraniana Mah Mooni, ambas integrantes da Orquestra Mundana Refugi, do cantor e compositor da República do Congo Leonardo Matumona. Iniciativa do Instituto de Reintegração do Refugiado (ADUS), o espetáculo acontece às 19h, dura 180 minutos, é livre e os ingressos custam de R$ 12 a R$ 84.
A poesia do espanhol Federico García Lorca ocupa o Salão Nobre do Theatro no dia 14/6, quarta-feira, às 20h, nas vozes de Adriana Magalhães e Ivy Szot, acompanhados do violão de Atilio Rocha. A direção é de Adriana Veraldi e, no programa, Astúrias, de Isaac Albéniz, e a obra 13 Canciones Españolas antiguas, recolhidas e musicadas pelo poeta, em versão para violão e vozes intercaladas com poemas do autor. O concerto dura 60 minutos, é livre para todos os públicos e os ingressos custam de R$ 16 a R$ 32.
O Quarteto da Cidade de São Paulo segue na apresentação do ciclo integral de Beethoven, agora com O Brinquedo e A Beleza, Quarteto Op. 18, nº 1 (27’), Quarteto Op. 132 (50’). Composto por Betina Stegmann e Nelson Rios, no violino, Marcelo Jaffé, na viola e Rafael Cesario, no violoncelo. O espetáculo acontece no dia 15 de junho, quinta-feira, às 20h, na Sala do Conservatório, na Praça das Artes. Livre para todos os públicos, a duração é de 80 minutos e os ingressos custam R$ 32.
Mais focado no repertório nacional, o Quarteto da Cidade de São Paulo retorna no final do mês, no dia 29 de junho, quinta-feira, às 20h, para celebrar a “Música Urbana Brasileira em Transformação”. Acompanhados de Alessandro Penezzi, no violão, e Fábio Peron, no bandolim, eles apresentam obras de Esmeraldino Sales, Zequinha de Abreu, Laércio de Freitas, Garoto, Arismar do Espírito Santo e dos próprios convidados.
Convite aos amantes de vários gêneros
O Complexo Theatro Municipal segue com o compromisso de abarcar os mais diversos públicos e manifestações culturais. No dia 11 de junho, domingo, às 17h, quem toma conta da Sala de Espetáculos é a Clarin Cia de Dança, que apresenta pela primeira vez no palco do Theatro uma adaptação da obra “ou 9 ou 80”, nome inspirado nas 9 mortes acontecidas em Paraisópolis, em São paulo, e nos 80 tiros no carro de uma família em Guadalupe, no Rio de Janeiro. O espetáculo mistura os estilos do passinho e do funk e aborda as dificuldades na vida de jovens periféricos que enfrentam racismo, homofobia, gordofobia e desigualdade social. Uma celebração à vida através da dança urbana.
Esta edição conta com a participação especial de House Of Zion, Bianca Manicongo – Bixarte, Imperadores da Dança, Fezinho Patatyy, Tropa do Passinho, Os RLK de Sampa e Os Malokas de SP. Com trilha ao vivo, o espetáculo contará com 10 músicos que acompanharão o time de dançarinos das periferias do Rio de Janeiro e de São Paulo. A direção geral é de Kelson Barros, com consultoria artística de Iguinho Imperador e Severo Imperador. A duração é de 90 minutos, a classificação livre, e os ingressos custam R$10.
No dia 17 de junho, sábado, ao meio-dia, acontece a lavagem da escadaria externa e hall do Theatro Municipal de São Paulo. Celebração ecumênica conhecida em várias tradições sincréticas, o ritual celebra com banho de água de cheiro e flores brancas (elementos da natureza não abrasivos) o espaço, ao toque de atabaques, cânticos ijexá, capoeira e palmas, culminando com uma e apresentação artística.
No dia 23 de junho, sexta, às 19h, o samba volta a tomar conta da Praça das Artes com o projeto Samba de Sexta, que recebe desta vez o Samba do Collette. Com entrada pelo Boulevard São João, a roda de samba que reúne os principais grupos da cidade de São Paulo, conta com a colaboração de Daniele Abelin e tem entrada gratuita.
Finalmente, dia 24 de junho, sábado, às 17h, a rapper, cantora e compositora Drik Barbosa abrilhanta o projeto traz Rima Falada, que traz importantes nomes do Hip-Hop nacional à casa, propondo bate-papos seguidos de pocket shows no espaço do Salão Nobre, com entrada gratuita. O projeto acontece trimestralmente e a mediação ficará a cargo de Mana Bella, que conduz o bate-papo que conta com um pocket show.
Arte e Educação
Nos dias 18 e 25 de maio, das 14h às 17h, a artista da dança Laila Padovan apresenta o projeto Pele: Entre o Corpo, a Rua e o Theatro, no qual convida os participantes a se engajarem em ações performativas pelos instigantes espaços internos do Theatro Municipal e pelas ruas de seu entorno, a fim de investigar as relações entre o corpo e as paisagens cotidianas e o dentro e o fora, evocando a ideia de uma pele entre o Theatro e a rua, que os separa e une ao mesmo tempo; um ponto de contato de onde podem surgir criações que transmutem suas paisagens e aproximem suas realidades aparentemente opostas. Para isso, o projeto promoverá duas residências artísticas, com a formação de dois grupos, abertos a interessados em geral (artistas e não-artistas), que criarão coletivamente intervenções artísticas a serem compartilhadas com o público. O projeto conta ainda com a participação de Adriane de Luca, Maju Kaiser e Victor Isidro.
Já na área de oficinas musicais, o bem-sucedido projeto Anarquestra Liberta Som, que traz instrumentos produzidos com materiais alternativos, ganha quatro novas datas: 3, 10, 17 e 24 de maio. Por meio de oficinas, apresentações, caminhadas e brincadeiras, Marcos Freitas, Louise Otero e os músicos colaboradores Barulho Max, Pedro Biroliro e Walter Louzan conduzem o público por surpreendentes experiências musicais e sonoras.
Todas as ações do projeto Anarquestra tem participação gratuita. O projeto é composto por um parque sonoro com painéis, carrilhões, objetos, instrumentos e esculturas sonoras, nos quais os participantes podem experimentar sons, brincar e criar música livremente e oficinas, ambos abertos para todos os públicos e com entrada gratuita. A oficina da Anarquestra é uma surpresa sonora participativa, seguida de um bate-papo e acontece no dia 3/6, das 14h30 às 16h30, na Escadaria Externa do Theatro Municipal. A classificação é livre para todos os públicos e a entrada, livre e gratuita.
Ainda na seara das oficinas, Theatralhas Quânticas ocupa a Praça das Artes nos dias 15 de junho, das 14h30 às 17h30, 23/6, das 14h às 17h e 24/6, das 14h às 17h. Projeto contemplado pelo Edital de Residência Artística e Mediação Cultural do Complexo Theatro Municipal, coordenado pelo Núcleo de Educação e com o Coletivo Sucata Quântica, iniciativa coletiva que reúne a urgência ambiental de trabalhar com os mais diversos tipos de resíduos de maneira criativa e transformá-los em peças únicas e divertidas, ressignificando o que seria descartado, eles oferecem ao público oficinas de construção de luminárias, brinquedos (dias 23 e 24/6, sexta e sábado, das 14h às 17h) e uma maquete (dia 22/7, sábado, das 14h30 às 17h30), utilizando, além dos materiais coletados, circuitos eletrônicos como recursos para iluminação e movimento dos objetos criados. Todas as oficinas que integram este projeto acontecem no Vão da Praça das Artes, têm participação gratuita e participação é mediante inscrição no site do Theatro.
Theatro Municipal
Praça Ramos de Azevedo, s/n
Tel. Bilheteria: 3367-7257
Praça das Artes
Avenida São João, 281
Sé – São Paulo, SP