Balanço da Brock – 22/06/2022
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- Data: 22/06/2022 17:06
- Alterado: 22/06/2022 17:06
- Autor: Andréa Brock
- Fonte: ABCdoABC
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Comoção
Essa semana três notícias viralizaram até o momento nas redes sociais. Uma delas, a da procuradora-geral da cidade de Registro, Dra. Gabriela Samadello Monteiro de Barros, que foi espancada por um “colega” da Prefeitura, o também procurador Demétrius Oliveira Macedo, depois de abrir um processo disciplinar contra ele por sua conduta no ambiente de trabalho.
O segundo caso, o de uma idosa, a Dona Janete, que chorou ao vivo ao falar de fome para a repórter Lívia Torres, da TV Globo, que também se emocionou. “Domingo a gente não tinha nada para comer”, chorava com voz embargada a senhora, que cuida de cinco netos e que perdeu sua filha e seu marido recentemente.
O terceiro caso é da juíza Joana Ribeiro Zimmer, de Santa Catarina, que sugeriu a uma criança de 11 anos manter a gravidez depois de ter sido estuprada. Internautas indignados inundaram as redes sociais com mensagens de repúdio à juíza.
Cenas tristes
O primeiro caso, o da procuradora, ganhou manifestações das mais diversas áreas: advogados, promotores, a própria prefeitura, diversos deputados estaduais e federais, entidades de defesa da mulher, se manifestaram favoráveis à procuradora. Mas alguns internautas em contas nas redes sociais fizeram comentários absurdos tais como o que teria feito a procuradora para despertar tanta raiva do colega de trabalho. Outros comentários machistas diziam que o advogado deveria ter seus motivos para cometer tal ato de fúria contra a procuradora. Qualquer que tenha sido o motivo e por mais desentendimentos que ambos possam ter tido no ambiente de trabalho, nada, absolutamente nada justifica tal atitude criminosa do procurador. O governador Rodrigo Garcia publicou em suas redes sociais na tarde de hoje o seguinte comentário: “A agressão do procurador de Registro a uma colega não ficará impune. A Polícia Civil acaba de pedir a prisão do agressor Demétrius Macedo. Que a Justiça faça a sua parte e puna todo e qualquer covarde que agrida uma mulher”.
Solidariedade
Já o caso de Dona Janete teve até o momento um desfecho mais feliz: a idosa recebeu muitas doações e já faz planos “queria reformar minha casa, juntar dinheiro para pagar a formatura de minha neta e voltar a estudar”. Ainda bem que a solidariedade e a empatia se sobrepõem à maldade de uma pequena parcela de pessoas.
Apuração
Já o caso da juíza Joana Ribeiro Zimmer, de Santa Catarina, o Conselho Nacional de Justiça decidiu abrir um procedimento para apurar a conduta da juíza. A apuração vai ser dirigida pela Corregedoria Nacional de Justiça, hoje comandada pela ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça. A reclamação disciplinar foi aberta após um advogado entrar com o pedido na CNJ.