Balanço da Brock – 11/07/2022

Constrangimento

A declaração de apoio do PSD, de Gilberto Kassab, e a indicação do-ex-prefeito de São José dos Campos, Felício Ramuth, ao candidato ao governo de São Paulo, Tarcisio de Freitas, do  Republicanos, candidato de Bolsonaro, tem dado desgaste ao ex-ministro da Infraestrutura.

Isso porque Gilberto Kassab declara constantemente que nunca apoiará Bolsonaro e tem relações rompidas com o presidente. Nos bastidores a conversa é de que Tarcisio fechou o apoio com Kassab sem comunicar Bolsonaro.

Bolsonaro chamou a atenção ao não citar no sábado, durante a Marcha para Jesus, o ex-ministro Tarcisio. O evento aconteceu em São Paulo e deixou claro o clima ruim entre o presidente Bolsonaro e seu ex-ministro e candidato a governador por São Paulo. Alguns assessores mais próximos de Bolsonaro afirmam que o ex-ministro, inclusive, pouca divulga o nome do presidente.
 
Agradecimento

E na onda dos agradecimentos, Fernando Haddad gravou vídeo de agradecimento à Márcio França em suas redes sociais na sexta-feira, logo após França declarar que não seria mais candidato ao governo de São Paulo e que iria apoiar Haddad. “Juntos, Lula e Alckmin, você e eu e povo brasileiro vamos espantar o fantasma da fome, do desemprego, da desesperança e da inflação e continuou, Você será o nosso Senador, o Senador do povo paulista, o senador da mudança”, declarou Haddad.

Márcio França declarou na sexta-feira que ele já havia dito que dependendo do resultado das pesquisas eleitorais, ele não teria problema em retirar sua candidatura para apoiar um candidato que ele acreditasse no projeto. Márcio fez isso após as pesquisas eleitorais apresentarem a possibilidade de uma disputa entre Tarcísio de Freitas e Rodrigo Garcia para alcançar o segundo turno na disputa com Fernando Haddad, que em todas as pesquisas desfila como candidato já consolidado para disputar o segundo turno pelo Governo de São Paulo.
 
Críticas

Nas redes sociais Márcio França sofreu críticas ao apoiar o candidato do PT, Fernando Haddad, ao Governo de São Paulo. Isso porque, sem rejeição, França é um nome que circula com facilidade tanto no eleitorado da esquerda como do centro. Porém, o apoio já era esperado no meio político, uma vez que Geraldo Alckmin, hoje no PSB, irá disputar a Planalto na condição de vice na chapa de Lula.
 
Mais apoio

E seguindo a onda dos apoios, o União Brasil, partido com a maior bancada no Congresso Nacional confirmou participação na campanha de Rodrigo Garcia em São Paulo. Participaram do ato o ex-juiz e ministro Sérgio Moro e sua esposa Rosângela, o ex-secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo, Henrique Meirelles. Do Grande ABC participaram do ato na sexta-feira os pré-candidatos e deputado federal Júnior Orosco, Fernando Marangoni e Nilson Bonome, além do ex-prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro. Com o ingresso do União Brasil na campanha do tucano, Garcia passa a ter garantido 1 minuto e 30 segundos em cada bloco da propaganda eleitoral gratuita. Nos bastidores o nome de Henrique Meirelles, do União Brasil, tem sido defendido pelo ex-governador João Doria para disputar o Senado por São Paulo.
 
Sem objeções, mas...

O presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi, ficou sabendo da decisão do União Brasil por seu presidente Luciano Bivar. Baleia não se opôs, porém pediu que Rodrigo Garcia respeitasse a decisão do PSDB nacional de apoiar a senadora Simone Tebet, do MDB, à presidência da República.
 
No aguardo

O MDB aguarda que o governador Rodrigo Garcia indique como vice de sua chapa o ex-secretário estadual de Saúde e ex-deputado Edson Aparecido, que deixou o PSDB e ingressou no MDB pelas mãos do prefeito da Capital, Ricardo Nunes.

Ao que tudo aponta, a indicação parece ser vista com bons olhos por Garcia, que acredita ser importante ter o chefe do Executivo paulistano engajado em sua campanha.