Balanço da Brock – 08/11/2022

Papel esperado 

O presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas urnas no último dia 30, foi convidado hoje pelo ex-deputado federal e presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para ser o “presidente de honra” do partido. Valdemar afirmou hoje que o PL fará oposição ao governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a partir do ano que vem.O PL, partido ao qual Jair Bolsonaro é filiado, apoiou Lula e esteve na base de apoio do petista quando ele foi presidente, entre 2003 e 2010.

Nas eleições deste ano, impulsionado pela onda bolsonarista e tendo como candidatos nomes ligados ao presidente da República, o PL foi o partido que mais elegeu deputados federais e também terá a maior bancada do Senado em 2023.

Glorificados

Em entrevista coletiva hoje, Valdemar da Costa Neto apontou que “a maioria dos deputados e senadores escolhida pela nação são defensores dos mesmos ideais que o PL defende” e que esses valores “foram glorificados” com a chegada Bolsonaro ao partido. “Portanto, o PL não renunciará às suas bandeiras de ideias, será oposição aos valores comunistas e socialistas, será oposição ao futuro presidente”, disse Costa Neto.

História

Em dezembro de 2013, Valdemar da Costa Neto, que é ex-deputado federal, foi preso após ter sido condenado a sete anos e dez meses pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, dentro do processo que ficou conhecido como “mensalão”. Além dele, outros 20 personagens foram presos no mesmo processo, entre membros do PT, PP, PL, PTB, PMDB, PR, empresários e o ex-deputado Roberto Jefferson, que nas eleições de 2022 foi preso por jogar granadas e ferir policiais federais que foram à sua casa prendê-lo em virtude de ofensas que Jefferson proferiu contra a ministra Cármen Lúcia. 

Fim do impasse

O impasse dentro do PSDB de Ribeirão Pires acabou. Depois de muita briga e falta de consenso entre os dois partidos que compõem a federação, o PSDB e o Cidadania, o secretário-nacional do partido, deputado Beto Pereira, anunciou que a federação nacional tomou por deliberação não apresentar candidatura em virtude da falta de composição entre os partidos e a falta de unidade para a disputa. Sendo assim o partido não apresentará nome para disputa no pleito municipal que acontecerá no dia 11 de dezembro. A declaração foi dada pelo deputado ao repórter Leandro Amaral, do Jornal Repórter Diário. 

A decisão levou hoje o ex-prefeito da cidade, Kiko Adler, e sua esposa, Flávia Dotto, ex-primeira-dama e nome que vinha sendo cotado por Adler para disputar a eleição, a gravarem vídeos em suas redes sociais. Ambos agradeceram a todos que entraram de cabeça na pré-campanha de Flávia e anunciaram que Flávia não será mais candidata.